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Crédito ao consumo cresce 15% e alcança os 1.065 milhões no terceiro trimestre

A venda de carros novos ajudou o crédito ao consumo concedido pelas associadas da Associação de Instituições de Crédito Especializado a crescer 6%, face ao segundo trimestre, e 15,16% em comparação com o período homólogo.
18 Novembro 2024, 11h33

O volume de crédito ao consumo concedido pelas associadas da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) às famílias atingiu os 1.065 mil milhões de euros no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 6%, face ao segundo trimestre, e de 15,16% em comparação com o período homólogo.

“O principal destaque vai para os dados relativos à venda de carros novos que, pela segunda vez nos últimos 12 meses, seguindo a tendência do trimestre anterior, com uma evolução superior face ao financiamento para compra de usados”, refere a ASFAC num comunicado. Os veículos novos tiveram um crescimento de 18%, enquanto os usados cresceram 2%.

Relativamente à compra de veículos elétricos e híbridos com recurso a crédito, que passaram a ser incluídos nas estatísticas trimestrais da ASFAC, observou-se um aumento de 2,74%, representando 5,87 milhões de euros, cerca de 1% das compras a particulares com recurso ao crédito das associadas.

“Estamos perante um cenário de aumento substancial da compra de veículos novos por particulares, tanto a combustão como eletrificados, verificando-se um aumento mais acentuado dos veículos a combustão face aos híbridos e elétricos, contrariando a tendência geral”, afirma Duarte Gomes Pereira, secretário geral da ASFAC, notando que “uma grande fatia das aquisições dos veículos híbridos e elétricos se concentra nas empresas, muito possivelmente fruto dos impactos fiscais, que não se refletem da mesma forma nos particulares”.

O crédito pessoal também cresceu 10% face ao trimestre anterior e 15,41% face ao mesmo período de 2023, revelam os dados da associação que representa, atualmente, mais de 75% do crédito automóvel concedido em Portugal.

“Estes dados apontam para uma recuperação sustentada do crédito concedido, liderada pelo financiamento a veículos novos, representando uma evolução da injeção de capital na economia, fruto do concretizar do adiamento dos planos de aquisição de um veículo novo que possivelmente se vinha a adiar desde há mais de um ano”, conclui a ASFAC.

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