Em outubro de 2024, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 3,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, a maior variação anual desde dezembro de 2022.
Sendo que o crédito ao consumo e outros fins cresceu 6,1%, a maior taxa de variação anual desde novembro de 2018.
Os dados são do Banco de Portugal que divulgou a nota de informação estatística de outubro de 2024. Assim, o stock de empréstimos para habitação aumentou 435 milhões de euros relativamente a setembro, totalizando 101,3 mil milhões de euros no final de outubro. Em comparação com o mês homólogo, o crescimento foi de 2,3%, mantendo-se a trajetória de aceleração que se regista desde janeiro de 2024.
Por sua vez, o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 71 milhões de euros relativamente a setembro, para 30,1 mil milhões de euros. Já em relação a outubro de 2023, cresceu 6,1%, a maior taxa de variação anual registada desde novembro de 2018.
O banco central revela que o crescimento da finalidade de consumo desacelerou ligeiramente, apresentando uma taxa de variação anual de 7,1% (o que compara com a queda de 7,6% em setembro). Já os empréstimos para outros fins registaram o maior crescimento anual desde outubro de 2008 (4,1%).
O Banco de Portugal, refere ainda que no fim de outubro, o stock de empréstimos para crédito pessoal totalizava 12,5 mil milhões de euros, mais 58 milhões do que em setembro, correspondendo a um crescimento de 7,3% relativamente ao mês homólogo.
Aqui, o crédito automóvel atingiu 8,3 mil milhões de euros, mais 59 milhões de euros do que em setembro, e uma taxa de variação anual de 9,5%.
Por último, os cartões de crédito fixaram-se em 3,1 mil milhões de euros e registaram uma taxa de variação anual de 8,9% (10,4% em setembro).
Crédito a empresas cai em outubro
O stock de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas totalizava 71,9 mil milhões de euros no final de outubro de 2024, menos 525 milhões do que no final de setembro. Ainda assim, o crescimento relativamente ao período homólogo foi de 0,8%, a maior taxa de variação anual desde novembro de 2022, revela o BdP.
As microempresas e as grandes empresas mantiveram taxas de variação anual positivas (7,8%, e 1,4% respetivamente), enquanto as pequenas e médias empresas continuaram a registar taxas negativas (-2,0% e -5,1%, respetivamente), explica o banco central.
Olhando por setor de atividade, verifica-se que o setor das indústrias e eletricidade e o setor do comércio, transportes e alojamento apresentaram, em outubro, taxas de variação anual negativas de -1,3% e -0,9%, respetivamente (-2,0% e -1,1% em setembro). Isto, o montante de crédito pedido caiu.
Pelo contrário, no setor da construção e atividades imobiliárias, a taxa de variação anual foi positiva: 4,8% (em setembro tinha sido de 3,8%).
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