Os credores da Wirecard estão a reivindicar, pelo menos, 12,5 bilhões de euros à holding da empresa (falida) de pagamentos e a reclamar mais dinheiro contra várias subsidiárias, escreve esta quarta-feira a Reuters citando um tribunal alemão.
As reivindicações terão sido feitas depois de uma reunião entre os credores e o administrador de insolvência da empresa na cidade de Munique, mas agência noticiosa avança que os credores provavelmente verão apenas uma fatia desses créditos reembolsados.
Wirecard viu-se este ano envolvida num escândalo financeiro que ‘destapou’ um buraco de cerca de 2 mil milhões de euros. Em causa está uma auditoria às contas de 2019 desta empresa de pagamentos, que a EY se recusou a assinar e que acabou por levar à demissão do presidente executivo, Markus Braun, e à falência da empresa.
Os ativos da fintech encontram-se agora em processo de venda em todo o mundo. Ontem foi a vez do banco espanhol Santander ter informar que acordou a compra de ativos de tecnologia da Wirecard para acelerar a expansão do seu negócio de serviços de pagamento para comerciantes (Getnet). Segundo o jornal britânico “Financial Times”, o valor deste negócio aproxima-se dos 100 milhões de euros.
Em agosto, a bolsa de Frankfurt – Deutsche Börse – anunciou mudanças na sua “família” de cotadas, no âmbito da revisão trimestral, e informou que de saída estava a Wirecard devido ao processo de insolvência a que havia dado entrada dois meses antes. As novas regras da bolsa alemã estabelecem que as empresas insolventes são imediatamente removidas do índice DAX com um aviso prévio de dois dias úteis.
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