O ministro das Finanças admitiu esta sexta-feira que partilha de “muitas” das dúvidas que o presidente do Chega tem sobre o contexto da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.
No entanto, Fernando Medina considera que essas perguntas só terão resposta depois da avaliação solicitada à Inspeção-Geral de Finanças (IGF). “E concordo que uma matéria dessas não pode ser feita sem conhecimento da tutela financeira”, respondeu o ministro a André Ventura, no parlamento.
O presidente do Chega referiu que Fernando Medina terá sido enganado por Pedro Nuno Santos, então ministro das Infraestruturas e Habitação. “Alguém tinha de saber. O seu ex-colega de João Leão sabia? Alguém está a ficcionar que está a pedir um esclarecimento”, acusou André Ventura.
Fernando Medina reiterou o desconhecimento da indemnização de meio milhão de euros e concluiu: “Em nenhum momento foi questionado – e creio que possa ser questionado – o desempenho da engenheira Alexandra Reis nas funções ao nível do sector empresarial do Estado que desempenhou”.
“Não antecipava avaliações individuais porque ser um administrador com o pelouro financeiro não significa que ele reporte exclusivamente ao Ministério das Finanças e que cada ministério mande per si na TAP”, afirmou o responsável pela pasta das Finanças, que esta tarde está a ser ouvido numa audição parlamentar, no âmbito do requerimento potestativo apresentado pelo grupo parlamentar do PSD, para prestação de esclarecimentos no âmbito do processo da TAP.
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