“O meu património nos poucos anos em que estou aqui valia mais de um milhão de dólares. Agora é zero”. É desta forma que um funcionário do Sillicon Valley Bank, fala do período conturbado que levou à falência da instituição financeira, através de um relato anónimo feito ao Business Insider.
“Tentei ignorar o lado pessoal disto. Muitos funcionários recebem mais de 50% dos seus salários em ações do SVB todos os anos. É todo um grupo de pessoas que perderam tudo pessoalmente, em termos de património, mas mesmo assim o foco continuava a ser em percebermos se os clientes podiam levantar os seus depósitos. Esta é a nossa cultura”, conta o funcionário.
Para este funcionário do SVB os primeiros dias após a falência da instituição financeira foram de “frustração” por não saber o que podia ou não contar aos seus clientes, além de parecer não existir uma preocupação dos responsáveis para com os seus funcionários. “As pessoas que realmente trabalhavam no SVB não perguntavam sobre as suas próprias casas ou sobre a educação universitária dos seus filhos, embora isso também estivessem em risco. Até hoje, o foco de todos tem sido os clientes”, refere o funcionário anónimo.
Por outro lado, também não existia um sentimento de desagrado da parte dos clientes. “Todas as chamadas que recebi foram cheias de empatia e apoio. Isto faz-nos sentir ainda pior. Todos os clientes mostraram simpatia e compreensão e eu realmente, queria ajudá-los só não sabia o que podia fazer”, afirma.
O SVB passou de referência no mundo das startups tecnológicas a uma empresa falida e encerrada em pouco mais de 48 horas, após perder somas avultadas com a subida dos juros e ter declarado falência a 10 de março. Foi o segundo maior colapso de um banco privado na história norte-americana.
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