A Comissão Nacional dos Trabalhadores (CNT) do Novobanco emitiu um comunicado com a sua posição sobre o futuro do banco.
“Desde o início, a CNT defendeu que o Novobanco deveria manter-se como uma instituição bancária independente, com uma gestão centrada nos interesses do país, dos seus clientes e dos seus trabalhadores”, começa por dizer a Comissão de Trabalhadores que não hesita em manifestar a sua preferência pela dispersão em bolsa.
“A nossa preferência sempre foi clara: a dispersão do capital em bolsa, permitindo que os trabalhadores interessados pudessem adquirir ações a um preço preferencial. Acreditamos que esta seria uma forma justa de reconhecer o seu contributo e envolvimento no sucesso do Novobanco”, dizem.
A Comissão destaca o reconhecimento dos trabalhadores. “O sucesso do Novobanco deve-se, em grande parte, ao profissionalismo, dedicação e resiliência dos seus trabalhadores. São eles que, diariamente, asseguram a qualidade do serviço e a confiança dos clientes, pelo que a Lone Star deveria premiar os trabalhadores do Banco por este sucesso”, dizem.
A Comissão de Trabalhadores diz que desde que foi conhecida a intenção da Lone Star de vender a sua participação, a CNT manifestou preocupação com a estabilidade dos postos de trabalho. “Assim, consideramos que uma venda que garante a manutenção do emprego e a independência do banco poderá ser uma solução positiva, não só para os trabalhadores e clientes, mas também para o sistema financeiro nacional”.
“Vemos com agrado as primeiras declarações do CEO do grupo BPCE, Nicolas Namias, dando garantias de manutenção dos atuais postos de trabalho”, salienta a Comissão de Trabalhadores.
Neste contexto, a Comissão de Trabalhadores diz que “não tem objeções ao processo de venda, desde que sejam salvaguardados os princípios acima referidos”.
“Estamos confiantes e otimistas quanto ao futuro do Novobanco. Acreditamos que esta nova fase poderá trazer estabilidade e novas oportunidades de crescimento, já que nos vamos associar ao 4.º maior grupo Bancário Europeu”, afirma a Comissão.
Por outro lado, o Novobanco e os seus trabalhadores “merecem um acionista comprometido, que queira investir e desenvolver o negócio a longo prazo. A equipa do Novobanco já demonstrou ser uma das mais competentes do setor bancário”.
“Embora, à partida, esta solução nos pareça positiva, a CNT irá acompanhar de perto todo o processo, com especial atenção à salvaguarda de todos os postos de trabalho” e “continuará a defender os interesses dos trabalhadores e a contribuir para um futuro sólido e sustentável para o Novobanco”, conclui.
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