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CTT, BCP e papeleiras pressionam PSI 20, no rescaldo do acordo parcial alcançado entre os EUA a China

Em Lisboa, treze empresas cotadas desvalorizam, quatro valorizam e uma negoceia sem variação.
  • Paulo Whitaker/Reuters
14 Outubro 2019, 08h56

O principal índice bolsista português (PSI 20) perde 0,77%, para 4.965,37 pontos, em linha com as principais congéneres europeias esta segunda-feira, 14 de outubro. Em Lisboa, treze empresas cotadas desvalorizam, quatro valorizam e uma negoceia sem variação.

Na bolsa nacional, os títulos dos CTT (-2,16%), da Mota-Engil (-1,59%), do BCP (-0,92%) e das papeleiras Navigator (-2,29%) e Altri (-1,92%) penalizam a performance bolsista.

Os investidores olham para a Mota-Engil, depois da construtora ter informado a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que vai emitir 75 milhões de euros em obrigações com maturidade em outubro de 2024, cuja taxa anual fixa é de 4,375%. As novas obrigações serão colocadas através da emissão de novas obrigações e da troca da dívida com maturidade em 2020 e 2021.

Em terreno positivo negoceiam a Ibersol, a Pharol, a Ramada e a Sonae Capital, mas incapazes de inverter a tendência generalizada do PSI 20.

Nas principais praças europeias, os investidores fazem hoje o “rescaldo do acordo parcial alcançado entre os Estados Unidos e a China, que já era de certa forma antecipado pelo mercado”, segundo o Mtrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

China e os EUA fecharam um acordo comercial parcial na sexta-feira, 11 de outubro, anunciou Donald Trump depois do encontro com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, em Washington. “Este acordo provisório abre caminho para que se alcance um entendimento final [para a guerra comercial]”, aponta Loureiro.

Segundo este acordo provisório, a China vai aumentar as suas compras de bens agrícolas norte-americanos, ao passo que os EUA congelam a aplicação de novas tarifas que estavam previstas entrar em vigor no dia 15 de outubro, aumentando dos atuais 25% para os 30% sobre o equivalente a 250 mil milhões de dólares em bens importados da China.

O processo de saída do Reino Unido da União Europeia continua a provocar receios nos investidores europeus. O principal negociador da União Europeia para o Brexit, Michael Barnier, “disse [recentemente] que ainda há muito trabalho a fazer para que se chegue a um acordo, o que está a fazer depreciar a libra face a moedas como o euro ou o dólar”, salienta Ramiro Loureiro.

No mercado das divisas, a libra deprecia 0,49% face ao dólar, para 1,25 dólares. Já o euro valoriza 0,40% face à libra, para 0,87 libras.

As propostas apresentadas pelo governo britânico têm ficado  aquém do que é necessário para um acordo para os responsáveis de Bruxelas. As duas partes tentam chegar a um entendimento até esta quinta-feira, 17 de outubro, dia em que arranca a cimeira europeia.

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