A bolsa de Lisboa derrapou 0,89%, até aos 6.639 pontos na sessão desta terça-feira. Uma variação que resulta sobretudo da desvalorização de 10,44% que ocorreu nas ações dos CTT, que estavam a ser negociadas nos 4,16 euros quando a sessão foi dada por encerrada.
Também em terreno negativo, destaque para a Corticeira Amorim, que caiu 2,76%, até aos 9,15 euros, enquanto a Ibersol perdeu 2,56%, para 6,86 euros. Seguiu-se a EDP Renováveis, ao tombar 1,71%, ficando-se pelos 14,36 euros.
Em sentido contrário sobressaiu a REN, que se adiantou 1,51%, até aos 2,36 euros por título.
Entre os mais importantes índices europeus o sentimento foi bastante distinto, liderado por Itália e Espanha, que subiram mais de 0,70%. O índice agregado Euro Stoxx 50 somou 0,53%, ao passo que França e Alemanha avançaram perto de 0,42% cada. Só o Reino Unido registou perdas, na ordem de 0,26%.
O barril de Brent está a cair 1,29%, até aos 78,03 dólares nas negociações. Nas divisas, o euro recua 0,10% face ao dólar, pelo que um euro está a ser negociado por 1,0808 dólares.
“As principais bolsas europeias encerraram do lado dos ganhos, num dia marcado por boas revelações no plano macroeconómico”, pode ler-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“Em destaque esteve a leitura de crescimento económico na Zona Euro (+0,3%), que veio acima do esperado no segundo trimestre deste ano (est. +0,2%), impulsionada por França, Itália e Espanha, com a economia ibérica a revelar também que a inflação abrandou mais que o esperado em julho, dos 3,6% para os 2,9%”, escreve-se na mesma.
“No entanto, a contrariar os bons dados esteve a Alemanha, que revelou uma contração inesperada no PIB do 2.ºtrimestre (-0,1%), em conjunto com um aumento inesperado da inflação dos 2,5% para os 2,6%. No Stoxx600, os ganhos foram transversais à grande maioria dos setores, com os mais cíclicos entre os mais animados”, de acordo com os analistas.
“Em Lisboa, o PSI contrariou a tendência, vendo praticamente todas as suas cotadas do lado das perdas, com as cotadas nacionais a reagirem em baixa à revelação de que a economia nacional cresceu aquém do esperado no segundo trimestre (0,1%, est. 0,3%), abrandando consideravelmente face ao trimestre anterior (0,8%)”, salientam os mesmos.
“A pesar no índice estiveram sobretudo os CTT, que tombaram mais de 10% em reação às contas do primeiro semestre. Corticeira Amorim seguiu-se nas perdas, depois de ter mostrado também contas”, assinalam ainda.
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