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CTT, Mota e BCP puxam pela Bolsa de Lisboa

A EDP Renováveis apresentou hoje os dados operacionais relativos aos primeiros nove meses do ano e caiu em bolsa 1,22%. As maiores subidas couberam à Sonae Capital, CTT e Mota-Engil. BCP recupera os 0,20 euros. Europa fecha sem tendência definida.
  • Alex Grimm/Reuters
16 Outubro 2019, 18h08

O mercado nacional encerrou com um ligeiro ganho, num dia em que as bolsas europeias fecharam mistas. O PSI 20 subiu 0,19% para 4.999,71 pontos.

Os CTT e a Mota-Engil avançaram 2,53% e 2,45%, para 2,266 euros e 1,967 euros, respetivamente. A Sonae Capital subiu 2,88%.

O BCP acompanhou a performance do setor na Europa e subiu 1,94% e recuperou a fasquia dos 20 cêntimos.

Pelo contrário, o grupo EDP, a NOS e a Galp condicionaram o comportamento do PSI-20. A EDP Renováveis liderou as perdas (-1,22% para 9,69 euros); a EDP caiu -0,06% para 3,585 euros. A Galp recuou -0,73% para 13,550 euros; e a NOS perdeu -0,86% para 5,160 euros. Por seu turno a Altri também fechou em queda de -0,65% para 5,355 euros.

A EDP Renováveis apresentou hoje os dados operacionais relativos aos primeiros nove meses do ano. Durante esse período, a EDPR registou um aumento anual de 6% na produção, beneficiando da capacidade adicionada nos últimos 12 meses juntamente com recurso eólico estável. A EDPR atingiu um fator de utilização de 30% (versus 30% no mesmo período de 2018). Em setembro, a EDPR geria um portfólio de 10,8 GW em 11 países e tinha 1,2 GW de nova capacidade em construção.

A maioria das principais praças europeias encerrou em alta. “A revelação de Donald Trump de que espera assinar um acordo comercial com a China na cimeira da APEC marcada para o próximo mês no Chile acabou por animar os investidores”, refere no comentário de fecho, Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking.

O presidente norte-americano acrescentou que a China já começou a importar produtos agrícolas dos EUA.

O Brexit voltou a estar igualmente no centro das atenções, mas continua sem haver fumo branco quando ao desfecho. As negociações com a UE foram retomadas esta manhã na tentativa de se alcançar um acordo com o Reino Unido sobre o Brexit antes do Conselho Europeu, onde os líderes europeus poderão discutir e aprovar o texto final.

O FTSE 100 fechou a cair 0,61% para 7.167,95 pontos.

Na earnings season norte-americana a banca prosseguiu com a apresentação de contas. Hoje foi a vez do Bank of America e do Bank of New York Mellon.

Na Europa o EuroStoxx 50 subiu 0,02% para 3.599,25 pontos. Já o francês CAC caiu 0,09% para 5.696,9 pontos e o DAX avançou 0,32% para 12.670,1 pontos.

A Volkswagen liderou os ganhos no setor Euro Stoxx 50 após um disparo das vendas na União Europeia em setembro.

O espanhol IBEX subiu 0,33% para 9.386,7 pontos e o FTSE MIB ganhou 0,28% para 22.428 pontos.

No seio empresarial “é de notar a valorização da Thyssenkrupp perante rumores de que a Blackstone e Carlyle vão unir forças para apresentar uma proposta pela sua unidade de elevadores”, refere o analista.

Por seu turno o analista do BPI disse que “em termos empresariais, os setores bancário e automóvel destacaram-se devido à sua overperformance. De lembrar que hoje foram divulgadas as vendas de automóveis na Europa, relativas a setembro, que registaram um incremento de 14,50% face a setembro do ano anterior”. O BPI diz que este aumento não é tanto explicado por um dinamismo em setembro, mas sim pela fraqueza das vendas em setembro de 2018, quando as novas regras de emissão de gases entraram em vigor.

No setor tecnológico, a ASML perdeu mais de 4%, depois de a empresa holandesa, líder mundial no fabrico de equipamento para a produção de semicondutores, ter divulgado um resultado trimestral de 627 milhões superando as estimativas.

“No plano macroeconómico a revelação de que as vendas a retalho nos EUA recuaram pela primeira vez em sete meses acabou por condicionar, pois trata-se de um barómetro de consumo”, diz o analista do BCP.

Ainda no plano macroeconómico, segundo o Eurostat, entre janeiro e agosto de 2019, Portugal registou um défice da Balança de Bens de 13,8 mil milhões de euros, o que compara com um défice de 11,0 mil milhões de euros no período homólogo. As exportações de bens face ao período homólogo (VHA) aumentaram 2% neste período, tendo-se verificado um crescimento das exportações intra-UE (3%) e uma diminuição nas exportações extra-UE (-2%). As importações de bens aumentaram 7% neste período.

O Estado-Membro em que se observou o maior excedente da Balança de Bens foi a Alemanha (150,1 mil milhões de euros), seguida da Irlanda (45,4 mil milhões de euros), Holanda (41,0 mil milhões de euros) e Itália (32,3 mil milhões de euros). O Reino Unido foi o Estado-Membro onde se registou o maior défice (128,0 mil milhões de euros), seguido de França (48,6 mil milhões de euros) e Espanha (22,1 mil milhões de euros).

No mercado de dívida soberana, a dívida alemã agrava 3 pontos base para -0,387%. Já a dívida portuguesa sobe 2,3 pontos base para 0,204% e a espanhola também agrava 2,6 pontos base para 0,253%. A dívida italiana sobe 1 ponto base para 0,927%.

O petróleo está em alta. O Brent em Londres valoriza 1,33% para 59,52 dólares. O euro aprecia 0,43% para 1,108%.

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