Hoje, mais do que uma empresa de correio, os CTT são uma plataforma logística para o comércio eletrónico na Península Ibérica, são a maior rede de retalho do país, são parceiros de distribuição e apoiam as empresas no seu processo de digitalização. “Temos estado numa trajetória de diversificação e transformação da companhia, onde o negócio do Expresso e Encomendas é muito importante, tal como o das soluções empresariais, os serviços financeiros, o banco e os seguros. É impossível no mundo moderno não trabalhar em parceria”, diz João Sousa, administrador dos CTT, ao Jornal Económico.
A Convenção CTT 2025, que decorreu este mês, elencou os desafios e oportunidades do setor e da empresa, dando a conhecer aos colaboradores as principais linhas estratégicas e a visão de futuro. Ao mesmo tempo, decorreram sessões com centenas de clientes e parceiros, onde foram apresentadas algumas das estratégias para este ano, como a transformação digital das empresas, as tendências evolutivas do e-commerce e a inovação. “Em 2025, o objetivo é continuar a crescer no mercado ibérico de e-commerce, desenvolver a rede de retalho que presta serviços de poupança e logística aos clientes e ser um parceiro relevante das empresas nas áreas das novas soluções”, acrescenta João Sousa.
Recorde-se que no final do ano passado, os CTT estabeleceram uma joint-venture com o grupo Deutsche Post International (DHL) com o objetivo de criarem um mega-operador no mercado de encomendas de comércio eletrónico. O anúncio acontece um dia depois de a empresa portuguesa ter anunciado a compra da espanhola Cacesa por 104 milhões de euros. As empresas têm de ser ágeis e antecipar movimentos. Foi isso que fizemos com a diversificação dos negócios. Queremos consolidar a oferta ibérica e as necessidades do mercado. Há sempre a possibilidade de novas parcerias”, sublinha o administrador.
Com a queda do tráfego do correio, o comércio eletrónico tornou-se uma das alavancas de crescimento dos CTT, não apenas enquanto fornecedor de distribuição e logística, mas também enquanto player ativo no setor e líder do desenvolvimento e crescimento do e-commerce em Portugal. Nesse sentido, têm avançado com vários investimentos para desenvolver e aumentar a capacidade da área de expresso e encomendas, fruto desse crescimento exponencial do comércio eletrónico.
A título de exemplo, em 2016 os CTT investiram na primeira grande máquina de separação de pequenos pacotes – dada a emergência de um novo perfil de pequenas encomendas de comércio eletrónico, instalada em Lisboa; foi também reforçada a robotização, através da introdução de braços mecânicos e veículos autónomos. Mais recentemente, em 2021, os CTT investiram três milhões de euros em três novos centros de produção, para o tratamento do tráfego proveniente do comércio eletrónico. Já no início de 2022 foram alocados quatro milhões de euros em mais 200 máquinas para Portugal e Espanha, visando a melhoria do processo de distribuição que é suportado em novas instalações, alto nível de automatização e uma rede uniformemente equipada, em benefício dos seus clientes do setor do comércio eletrónico. O lançamento da Locky, a rede de cacifos automáticos dos CTT, em 2022, que contou com um investimento muito significativo em I&D e no lançamento da linha de fabrico de lockers, reforça o posicionamento de conveniência dos CTT.
Adicionalmente, os CTT asseguram uma vasta oferta de produtos e serviços direcionados para empresas de todos setores e dimensões: desde a gestão documental, através da desmaterialização de processos, da gestão de call centres ou do suporte em todo o processo de criação de lojas online e campanhas publicitárias. “O facto de termos sobrevivido 500 anos foi esta capacidade de nos reinventar”, conclui o administrador.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com