Ricardo Leitão Machado, proprietário da empresa Gesticopter Operations Unipessoal e cunhado do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, está a contestar em tribunal o desfecho do concurso público internacional lançado pelo INEM, do qual a empresa que lidera foi excluída, avança o “Correio da Manhã” esta quinta-feira.
O concurso diz respeito à contratação do serviço de helicópteros de emergência médica do INEM, sendo que a empresa detida pelo cunhado do governante concorreu aos três lotes de serviços que foram disponibilizados desde março deste ano. No entanto, a Gesticopter Operations Unipessoal foi excluída por razões técnicas, de acordo com o Ministério da Saúde liderado por Ana Paula Martins.
Fora do concurso que podia valer uma verba de 77,4 milhões de euros, a Gesticopter Operations Unipessoal entra agora com uma ação judicial com a qual pretende anular o concurso público internacional. Recorde-se que este concurso do INEM foi adjudicado à Gulf Med Aviation, empresa com sede em malta.
O concurso público internacional para contratação do serviço de helicópteros de emergência médica do INEM foi adjudicado à empresa Gulf Med Aviation Services Limited por cerca de 77,4 milhões de euros, anunciou em março o Instituto Nacional de Emergência Médica.
Segundo o INEM, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) adjudicaram a proposta apresentada por esta empresa, com o preço total de 77.475.160,00 euros, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, para aquisição de serviços de disponibilização, locação, manutenção, gestão da aeronavegabilidade e operação de meios aéreos pelo instituto.
“Através deste procedimento, o INEM procura assegurar a assistência médica de emergência por via aérea até 2030, através de uma frota permanente de quatro aeronaves a operar em regime de 24 horas”, refere em comunicado.
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