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Custos com seguros de saúde em Portugal sobem 10% em 2026

Mercado português de seguros de saúde continua a “enfrentar uma pressão ascendente” sobre os prémios de saúde, impulsionada pela elevada inflação médica, crescente prevalência de doenças crónicas associadas ao envelhecimento da população e pelo aumento da atualização. As doenças oncológicas e cardiovasculares são as principais causas de pressão nos custos.
sala de espera hospital
3 Dezembro 2025, 11h54

Os custos com seguros de saúde vão continuar a subir em Portugal no próximo ano, com uma taxa média de aumento a manter-se nos 10%, antecipa o estudo “2026 Global Trend Medical Trend Rates Report” da Aon, empresa líder mundial de serviços nas áreas de Risk Capital e Human Capital. Um aumento de custos significativamente superior à inflação geral projetada pelo FMI para Portugal em 2,1%, comparando com o ano anterior. 

Estes resultados estão em linha com as tendências globais que apontam para uma pressão contínua sobre os seguros de saúde corporativos, também indica o relatório, embora em termos globais, a tendência mundial sofra uma “ligeira diminuição do crescimento”, com previsão de 9,8% em 2026, face aos 10% em 2025. 

João Dias, Health Solutions Manager da Aon Portugal, explica, citado num comunicado, que o mercado português de seguros de saúde continua a “enfrentar uma pressão ascendente” sobre os prémios de saúde, impulsionada pela elevada inflação médica, crescente prevalência de doenças crónicas associadas ao envelhecimento da população e pelo aumento da atualização.

A Aon destaca a necessidade de “uma gestão de custos inovadora e de análises cada vez mais baseadas em dados para apoiar estratégias de mitigação e controlo de custos que permitam manter os benefícios de saúde a níveis sustentáveis em Portugal”.

Para fazer face a este aumento, as empresas estão a adotar estratégias para mitigar o impacto dos custos, designadamente o reforço na prevenção e programas de bem-estar, atualizações no desenho dos planos e nas regras de financiamento, bem como uma aposta nos planos de benefícios flexíveis, promovendo uma lógica de contribuição definida que permite maior controlo de custos e benefícios personalizados para atrair e reter talento, são algumas das medidas que estão a ser implementada.

O estudo da Aon analisa detalhadamente as tenências relativamente às coberturas de saúde, verificando-se que as mais procuradas no país são hospitalização, consultas e exames, estomatologia e oftalmologia, em linha com o registado este ano. No que toca aos factores de risco que mais contribuem para a subida dos custos, o envelhecimento da população, a ausência de rastreios clínicos antecipados, hipertensão, sedentarismo e os fatores genéticos são os principais.

Destaque também para as patologias que mais têm contribuído para o aumento dos custos dos seguros de saúde: doenças oncológicas e cardiovasculares, que se têm mantido no topo nas últimas quatro edições do estudo, seguindo-se as musculoesqueléticas, problemas respiratórios e saúde mental, revela o estudo. Os dados indicam que Portugal segue a tendência global, onde estas condições continuam a liderar como principais causas de pressão nos custos.


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