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Da abertura ao mundo à vocação europeia, fica por cumprir o desenvolvimento

O Jornal Económico lançou o repto a 12 individualidades: o que mudou de mais relevante nestas cinco décadas de democracia? A radiografia que fazem ao país enaltece muitas conquistas, mas não deixa de apontar falhas, melhorias e vontade de construir um Portugal melhor.
José Sena Goulão/Lusa
21 Abril 2024, 08h00

Almirante Martins Guerreiro

Capitão de Abril
Em Portugal mudou tudo, passámos de um país em ditadura com uma guerra colonial, isolado, bloqueado política e economicamente, com muitos analfabetos e emigrantes, para um pais em paz, civicamente livre, democrático, com uma nova imagem e uma identidade enriquecida que o dignificou e a todos os portugueses, sobretudo aos emigrantes, que passaram a ter orgulho no seu país, que reconquistou o seu lugar no concerto das nações.

A educação deu um enorme salto, passámos de um país com 30% de analfabetos para um acesso generalizado ao ensino secundário, com uma grande percentagem de estudantes no ensino superior e mesmo de doutorados, onde já atingimos os padrões europeus.
Mudou a vil tristeza e resignação de um povo isolado, ainda que haja alguns resignados ou amorfos, mas também há insatisfeitos, o que obriga a continuar a mudança para melhor.

Hoje existe a possibilidade de construirmos uma democracia participativa e uma sociedade mais justa, solidária e livre, onde se pode exigir a quem exerce o poder que respeite e cumpra a Constituição portuguesa, uma das mais progressistas da Europa.

António Saraiva

Consultor
Há 50 anos, os militares de Abril libertaram o país da ditadura. Souberam, depois, devolvê-lo ao povo. Essa foi a mudança essencial que 25 de abril nos trouxe – a Democratização, com base nos ideais expressos, primeiro na Assembleia Constituinte, depois nas opções realizadas em sucessivos atos de liberdade democrática. O Portugal que somos hoje, fomos nós, portugueses, que o construímos e renovámos permanentemente depois da Revolução. Saibamos preservar este legado.

A segunda grande mudança foi a do modo como estamos no mundo. De um país fechado sobre a ilusão do seu império colonial, olhado com hostilidade pela comunidade internacional, tornámo-nos um país aberto, respeitado, inserido e participando de pleno direito no projeto que hoje constitui a União Europeia. Descolonizámos e assumimos a nossa vocação europeia, sem abdicar das dimensões atlântica e lusófona que completam a nossa identidade.

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