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Da charcutaria à gestão. Espanha está à procura de trabalhadores estrangeiros

As autorizações de residência e trabalho para trabalhadores estrangeiros e profissionais altamente qualificados duplicaram nos últimos quatro anos, de acordo com dados do Ministério do Trabalho espanhol. Se em 2014 foram concedidas 700 autorizações, em 2018 já eram perto de 1.500.
2 Janeiro 2020, 11h12

A Espanha está à procura de trabalhadores estrangeiros em diversas áreas. Empresas de charcutaria, trabalhadores temporários para colheitas ou cuidadores de idosos são os empregos em que os trabalhadores estrangeiros estão a encontrar oportunidades, embora também o façam em cargos de gestão ou relacionados à tecnologia e investigação.

As autorizações de residência e trabalho para trabalhadores estrangeiros e profissionais altamente qualificados (como analistas de gestão e sistemas ou técnicos de telecomunicações, por exemplo) duplicaram nos últimos quatro anos, de acordo com dados do Ministério do Trabalho espanhol divulgados esta quinta-feira pela agência “Efe”. Se em 2014 foram concedidas 700 autorizações, em 2018, já eram perto de 1.500.

O aumento dessas autorizações, dentro da lei de apoio ao empreendedor de 2013 e a sua internacionalização, foi ainda maior no caso de investigadores estrangeiros, que multiplicaram por quatro, de 80 (em 2015) para 381 no final do ano passado.

Por setores, a maior percentagem de trabalhadores estrangeiros ocorre na agricultura (16%), seguida pela construção (13%) e serviços, empregados de limpeza de hotéis (10%) e empregados domésticos (9%).

“A radiografia do emprego de estrangeiros mostra-nos que eles estão nos setores mais precários, tanto na agricultura quanto no setor de serviços, que têm piores condições de trabalho, contratos de curto prazo e que escondem longas horas”, refere à mesma fonte Lola Santillana, secretária do Emprego da confederação sindical espanhola CCOO.

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