[weglot_switcher]

Dados económicos fracos levam economistas a prever corte de juros do BCE em outubro

Até agora, a maioria dos economistas esperava um novo corte dos juros pelo Banco Central Europeu apenas na reunião em dezembro. As projeções apontam agora para uma descida já no próximo mês.
FILE PHOTO: European Central Bank (ECB) President Christine Lagarde gestures as she addresses a news conference on the outcome of the meeting of the Governing Council, in Frankfurt, Germany, March 12, 2020. REUTERS/Kai Pfaffenbach
30 Setembro 2024, 09h28

A maioria dos economistas esperava apenas um novo corte das taxas de juro pelo Banco Central Europeu na reunião agendada para dezembro. Mas os mais recentes dados económicos vieram mudar esta perspetiva, com o mercado a apontar agora para uma descida de 25 pontos base já no próximo mês, escreve o “Financial Times”.

Os números fracos referentes à inflação em França e Espanha colocaram esta hipótese em cima da mesa, bem como o PMI da zona euro, que mede o nível da atividade na indústria e serviços. Este indicador caiu abaixo do patamar dos 50 pontos pela primeira vez desde fevereiro, apontando para uma contração da atividade.

Estes dados foram “demasiado fracos para não se alterar a perspetiva relativamente à reunião agendada para outubro”, afirmou Piet Haines Christiansen, do Danske Bank, numa nota enviada aos clientes dando conta da mudança de projeções.

Também os economistas do Goldman Sachs, JPMorgan, BNP Paribas e T Rowe Price reviram na sexta-feira as suas previsões para afirmarem que é provável uma descida das taxas de juro no próximo mês.

Já Paul Hollingsworth, economista-chefe do BNP Paribas, afirmou que os dados do PMI foram um “alerta” para o BCE, prevendo um corte das taxas em outubro mas também em dezembro.

Depois de avançar com o corte dos juros em setembro, a presidente do BCE, Christine Lagarde, reiterou que o banco central não se comprometia com mais reduções, sublinhando que as decisões estão dependentes da evolução dos dados e serão tomadas em cada reunião.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.