A economia britânica arrisca-se a perder até 67 mil milhões de receitas anuais caso não negoceia convenientemente com a União Europeia o acesso ao mercado de dados europeu, que atualmente lidera, revela um relatório publicado pelo Digital Catapult – um centro de empreendedorismo com capitais públicos –, citado pela Bloomberg.
O Reino Unido é o maior mercado europeu de dados digitais, que podem ir de tendências de consumo nas cadeias de retalho online a informação sobre a localização de telemóveis – um mercado que valeu 13 mil milhões de euros em 2016 e poderá mesmo dobrar o seu valor até 2020. Para garantir que não fica fora deste comboio, o Reino Unido depende do fluxo continuado e livre de dados entre o seu país e a União Europeia. Para tal, o país está já a atualizar as suas leis de proteção de dados, para que sejam equivalentes às novas regras europeias, que entram em vigor em 2018.
Mas a tendência é a de criação de um Mercado Digital Único, o que coloca um ponto de interrogação sobre qual será o acesso do Reino Unido a este mercado no pós-Brexit. Ainda assim, há uma oportunidade para o Governo britânico criar nova legislação que seja mais vantajosa para as empresas e novos acordos para a partilha de dados, nomeadamente com os EUA, a maior economia digital do mundo, segundo o Digital Catapult.
No seu relatório, o centro insta o Governo de Theresa May a considerar o fluxo de dados com parte das negociações do Brexit, bem como a tentar transformar o Reino Unido num hub de partilha de informação entre os EUA e a União Europeia, seja através de um novo acordo de comércio com os EUA ou através de um tratado separado, dedicado apenas à partilha de dados.
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