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Das cinco fases de desconfinamento, o comércio e retalho só devem reabrir na fase três, segundo especialista

Raquel Duarte, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, explicou que é esperado que “até ao nível dois haja restrição de funcionamento ou de horário de funcionamento”. Prevê-se que de segunda a sexta, os estabelecimentos possam funcionar “até às 21h00 e sábados até às 13h00”.
8 Março 2021, 13h23

A professora investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Raquel Duarte explicou como funcionariam as diferentes fases do desconfinamento, divididas por cinco alturas diferentes, durante reunião do Infarmed com Governo e partido políticos.

O país encontra-se atualmente na fase cinco, referiu Raquel Duarte e como tal o nível quatro permite o alivio de algumas medidas. Na fase quatro, ao comercio e retalho será permitida a venda ao postigo, com a restrição de horário”. No entanto, a chegar ao nível três já será possível a “reabertura com cumprimento das medidas de distanciamento”. Na fase três começa a funcionar o “serviço de esplanada, com uso de máscara exceto na hora da refeição, permitindo um máximo de quatro pessoas à volta da mesa”.

É esperado que “até ao nível dois haja restrição de funcionamento ou de horário de funcionamento”. Prevê-se que de segunda a sexta, os estabelecimentos possam funcionar “até às 21h00 e sábados até às 13h00”, sublinhou Raquel Duarte.

Quanto ao teletrabalho, “deve ser mantido sempre que possível”, enalteceu a investigadora da Universidade do Porto. “O trabalho presencial deve ser feito garantido o distanciamento físico, deve ser promovido o aumento da testagem dos funcionários que não possam trabalhar remotamente e não façam parte dos grupos prioritários de vacinação e devem ser promovidos os horários desfasados”, acrescentou.

“Se abríssemos agora no nível quatro, seria possível o trabalho em locais comuns, sem contacto com o público”, afirmou Raquel Duarte completando que ao passar para o nível três “poder-se-ia  abrir os locais de trabalho em que há locais comuns com contacto com o público, mas sem contacto físico garantindo mais uma vez o distanciamento entre as pessoas”.  “Só no nível dois é que poderia ser permitido o trabalho em locais comuns em contacto com o público e com contacto físico individual”, garantiu.

Sobre os autocarros e TVDE, Raquel Duarte assegurou que na fase quatro, os autocarros poderiam utilizar “25% da ocupação total”, enquanto os TVDE poderiam usufruir de um terço da capacidade, com os bancos dianteiros a ser utilizados apenas pelo motorista.

No geral, Raquel Duarte recomenda que sejam mantidas regras gerais como “cumprimento da distancia, a utilização de mascara, desfasamentos dos horários, higienização, assegurar os sistemas de ventilação e aquecimento com a sua manutenção, promoção da prática de abertura frequente de janelas e portas”.

Além dos cuidados a ter, durante a sua intervenção, Raquel Duarte destacou ainda a importância de estar “permanentemente a monitorizar”. “Temos de perceber exactamente como é que estas medidas estão a ser cumpridas na vida real”, justificou.

 

 

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