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Das comissões aos cartões. Como poupar com bancos digitais

Os bancos digitais permitem “escapar” ou poupar alguns euros em operações bancárias do dia-a-dia, como é o caso da manutenção de conta ou pedidos de cartões de débito e de crédito. Mas quando é preciso ir ao balcão, o barato sai mais caro.
27 Janeiro 2022, 17h25

Da manutenção de conta à disponibilização do cartão de débito e de crédito, as instituições financeiras nacionais têm vindo a aumentar as comissões que cobram aos clientes por estas operações do dia-a-dia. E este ano não é exceção. Há, no entanto, forma de “escapar” a estes custos ou, pelo menos, de poupar alguns euros, nomeadamente através dos bancos digitais.

É o caso do ActivoBank, do Best e do BiG, onde a manutenção de conta é totalmente gratuita, segundo a consulta realizada pelo Jornal Económico ao simulador do Banco de Portugal. Já entre os cinco maiores bancos – Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, BPI, Santander Portugal e Novobanco – as comissões pagas anualmente por este tipo de serviço superam os 60 euros.

Os chamados bancos digitais – apesar de terem balcões ou centros estão focados no atendimento online – continuam a ser, de forma geral, mais vantajosos do que as outras instituições mais tradicionais também na disponibilização dos cartões de débito.

Se no banco digital do BCP esta operação não tem qualquer custo, no BiG há uma comissão de 14,56 euros, abaixo dos valores cobrados pelos grandes bancos. No Santander Portugal e no Novobanco é onde os clientes pagam mais, com o encargo a ser de praticamente 25 euros. Já na CGD é de 19,76 euros – abaixo dos 20,28 euros cobrados pelo digital Best.

O mesmo acontece quando é pedido um cartão de crédito. No ActivoBank e no BiG, os clientes conseguem “escapar” por completo a comissões. Nas restantes instituições, os valores vão dos 10,4 euros no BCP até aos 37,44 euros no Santander Portugal.

Transferências ao balcão é onde cobram os digitais

Os bancos digitais permitem também poupar alguns euros nas transferências de dinheiro para outras instituições financeiras, desde que realizadas online. O simulador do Banco de Portugal mostra que no ActivoBank e no Best este processo não tem qualquer custo. Já no Best custa apenas 52 cêntimos.

Um encargo que aumenta em quase 50% quando se analisa o preçário do banco do Estado. Ainda assim, é a comissão mais baixa entre os maiores bancos, com as outras entidades a cobrarem mais de um euro por estas transferências.

Os bancos digitais não compensam, no entanto, quando se quer transferir para outros bancos mas ao balcão. Estas entidades, que apostam na disponibilização digital dos serviços, acabam por cobrar mais do que as outras instituições com peso no sistema, naquela que pode ser uma tentativa de dissuadir os clientes a fazerem esta operação presencialmente.

Isto é visível no caso do ActivoBank e do BiG, onde uma ida a um balcão para se transferir dinheiro para uma conta noutra instituição financeira pode custar entre sete e 10 euros, valores que ficam acima daqueles que são cobrados pelos maiores bancos. Nestes casos, os valores rondam os seis euros.

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