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Das cripto ao ‘gaming’: crianças e jovens já faturam online

Há cada vez mais “nativos digitais” que aproveitam a evolução das tecnologias para rentabilizar o seu tempo através de atividades online. No entanto, estas possibilidades acarretam riscos e devem ser tomadas precauções.
18 Fevereiro 2025, 18h49

A Geração Alfa, nascida a partir de 2010, já arranja diferentes formas de tirar rendimentos a partir da atividade online. Das criptomoedas aos blogs, são cada vez mais os adolescentes que faturam por aquela via.

Os chamados “nativos digitais” já nasceram rodeados de tecnologias e, por isso, têm maior propensão a aproveitar o meio digital. De acordo com um estudo da Kaspersky, empresa especializada em cibersegurança e privacidade digital.

Por um lado, escrever num blog já é negócio para muitas crianças e adolescentes, os chamados “kidfluencers”. Aqueles que têm muito subscritores e um determinado número de contratos assinados com marcas.

O potencial é tal que os cinco que têm maior sucesso à escala global ainda nem chegaram à adolescência e já faturam entre 10 e 30 milhões de euros por ano.

Por outro lado, os jogos online criam oportunidades de programação, a redação de críticas, a avaliação de jogos e o “skin gambling”. Em simultâneo, dão origem a competições de e-sports, nas quais muitos jovens participam e há prémios financeiros significativos para os vencedores.

Também o comércio de criptomoedas ganha força entre as camadas mais jovens. Apesar de plataformas como a Coinbase ou a Binance limitarem o acesso a maiores de idade, há formas de contornar as restrições.

A plataforma “Crypto for kids”, por exemplo, permite que os menores de idade façam transações de criptoativos, desde que as mesmas sejam devidamente autorizadas pelos pais ou tutores.

Em simultâneo, a venda de artigos online é possível para crianças e jovens de quaisquer idades, em plataformas como o Ebay e a Amazon, entre outras.

A mesma pesquisa aponta para os perigos de, neste âmbito, inserir dados dos cartões bancários em plataformas com baixos níveis de segurança ou fazer downloads de aplicações perigosas, por exemplo.

Com o número de casos de ciberataques a aumentar de ano para ano (subida de 30% no primeiro semestre de 2024, em termos homólogos), a Kaspersky sublinha a necessidade de salvaguardar os dados financeiros, proteger os lucros angariados online e criar palavras-passe fortes, entre outras práticas.

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