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DBRS acha improvável que os neobancos causem disrupção no sector bancário europeu a curto e médio prazo

Nos últimos cinco anos, os neobancos europeus apresentaram um crescimento significativo, evidenciado por uma expansão média de cinco vezes superior nos seus balanços. “Os principais neobancos europeus quintuplicaram os seus balanços nos últimos cinco anos”, diz a DBRS.
fusão
16 Setembro 2025, 18h05

A Morningstar DBRS divulgou um comentário sobre os principais bancos neobancos europeus. “Consideramos improvável que os neobancos causem disrupção no sector bancário europeu a curto e médio prazo, dado que a maioria dos principais bancos tradicionais está a modernizar activamente as suas ofertas para reter ou acrescentar consumidores mais jovens e com conhecimentos de tecnologia, esbatendo efectivamente a linha divisória”, defende Borja Barragán, Vice-Presidente Assistente de Ratings das Instituições Financeiras Europeias da DBRS.

“Neste momento, a grande maioria dos clientes, principalmente nas faixas de rendimentos mais elevadas e mais seniores, tendem a confiar nas instituições tradicionais para as suas principais atividades bancárias, enquanto utilizam potencialmente bancos desafiantes para contas secundárias”, acrescenta Borja Barragán.

Nos últimos cinco anos, os neobancos europeus apresentaram um crescimento significativo, evidenciado por uma expansão média de cinco vezes superior nos seus balanços. “Os principais neobancos europeus quintuplicaram os seus balanços nos últimos cinco anos”, diz a DBRS.

Muitas instituições estão a expandir-se para outras jurisdições e a alargar a sua oferta de produtos, incluindo concessão de crédito, relata a agência de notação financeira.

Embora isto tenha sido impulsionado por entradas contínuas de capital de investidores, a DBRS observa que a maioria dos principais neobancos do continente conseguiu atrair novos clientes com maior remuneração de depósitos em comparação com os bancos tradicionais, beneficiando particularmente do período de taxas de juro mais elevadas.

Além disso, os neobancos ganharam uma vantagem adicional por serem pioneiros no acesso antecipado à negociação de criptomoedas para o público em geral, bem como pela sua capacidade de oferecer produtos de investimento com taxas melhores do que os bancos tradicionais. Como resultado, registaram uma expansão acentuada na sua base de clientes, com apenas 2024 a registar um aumento médio anual de aproximadamente 20% para as instituições da amostra da DBRS.

A sua rápida expansão levou a uma maior supervisão, particularmente nas áreas de combate ao branqueamento de capitais, e várias entidades foram multadas.

A amostra da DBRS é composta pelos bunq (Netherlands, Europe); Atom (UK); OakNorth (UK); Starling (UK); N26 (Germany, Europe); Klarna (Sweden, Europe); Monzo (UK); Revolut (Lithuania, Europe e UK com restriçõe); Trade Republic (Germany, Europe); e Wise (UK).

“Notámos diferenças nos seus modelos de negócio. Por exemplo, alguns neobancos, como o Revolut Group Holdings Ltd (Revolut), o Starling Bank (Starling), o Monzo Bank Limited (Monzo), o N26 Bank SE (N26) e o bunq B.V. (bunq), concentram-se amplamente nos serviços bancários de retalho. Outros concentram-se em empréstimos para pequenas e médias empresas (PME), como o OakNorth Bank; financiamento de curto prazo ao consumidor, como o Klarna Group plc (Klarna); serviços de corretagem de operações, como o Trade Republic Bank GmbH (Trade Republic); ou apenas pagamentos e transferências sem licença bancária completa, como o Wise Payments Limited (Wise)”, relata a DBRS.

 

 

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