Num nota de revisão à conjuntura económica da zona euro, hoje publicada, a DBRS salienta que “olhando para o futuro, a recuperação será provavelmente acidentada” na zona euro.
Por um lado, a agência de notação refere que, depois da retoma da atividade após o desconfinamento, “o aumento de novos casos de coronavírus e a elevada incerteza sobre a evolução do vírus e as medidas restritivas [de contenção] deverão moderar a atividade económica”. Isto será particularmente visível nos últimos meses do ano.
Neste sentido, a DBRS refere que o setor dos serviços será particularmente afetado, nomeadamente a hotelaria e a restauração, nos países que introduziram medidas restritivas para mitigar a propagação da Covid-19.
Por outro lado, a agência de notação refere que os principais riscos com impacto negativo no outlook prendem-se com o aumento do contágio do vírus, aliado a “um impacto económico mais severo devido às medidas restritivas” de contenção.
“A confiança poderá manter-se num nível baixo”, refere a agência, adiantando ainda que existem “riscos adicionais relativos ao ambiente externo relacionados com a redução da atividade das viagens e uma recuperação abaixo das expectativas da procura e do comércio”.
“Por isso, continuamos a observar o ritmo da recuperação como incerto e altamente dependente da evolução do vírus, na ausência de uma vacina, e da eficácia das políticas orçamentais e monetárias”, reforça a DBRS.
A agência frisa ainda que a eficácia das políticas de apoio ao emprego e salários, assim como condições sustentáveis de financiamento, aliadas com a melhoria das empresas e da confiança dos consumidores e da procura a nível global são aspectos-chave para a recuperação económica no longo prazo.
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