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DBRS diz que recuperação da zona euro sera “acidentada” devido à incerteza da propagação da Covid-19

A agência de notação DBRS considera que a recuperação económica da zona euro será “acidentada”, principalmente devido ao clima de incerteza que persiste sobre a evolução do vírus.
5 Outubro 2020, 09h41

Num nota de revisão à conjuntura económica da zona euro, hoje publicada, a DBRS salienta que “olhando para o futuro, a recuperação será provavelmente acidentada” na zona euro.

Por um lado, a agência de notação refere que, depois da retoma da atividade após o desconfinamento, “o aumento de novos casos de coronavírus e a elevada incerteza sobre a evolução do vírus e as medidas restritivas [de contenção] deverão moderar a atividade económica”. Isto será particularmente visível nos últimos meses do ano.

Neste sentido, a DBRS refere que o setor dos serviços será particularmente afetado, nomeadamente a hotelaria e a restauração, nos países que introduziram medidas restritivas para mitigar a propagação da Covid-19.

Por outro lado, a agência de notação refere que os principais riscos com impacto negativo no outlook prendem-se com o aumento do contágio do vírus, aliado a “um impacto económico mais severo devido às medidas restritivas” de contenção.

“A confiança poderá manter-se num nível baixo”, refere a agência, adiantando ainda que existem “riscos adicionais relativos ao ambiente externo relacionados com a redução da atividade das viagens e uma recuperação abaixo das expectativas da procura e do comércio”.

“Por isso, continuamos a observar o ritmo da recuperação como incerto e altamente dependente da evolução do vírus, na ausência de uma vacina, e da eficácia das políticas orçamentais e monetárias”, reforça a DBRS.

A agência frisa ainda que a eficácia das políticas de apoio ao emprego e salários, assim como condições sustentáveis de financiamento, aliadas com a melhoria das empresas e da confiança dos consumidores e da procura a nível global são aspectos-chave para a recuperação económica no longo prazo.

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