A DBRS subiu esta sexta-feira a notação da dívida soberana portuguesa para ‘BBB (high)’ e alterou a perspetiva de ‘positiva’ para ‘estável’. A agência de notação financeira justifica a melhoria persistente de Portugal em diversos indicadores e considera que “a posição orçamental está amplamente equilibrada e o rácio da dívida face ao PIB está num ritmo de declínio saudável”.
“Alterações positivas na estrutura da economia portuguesa – e exportações mais diversificadas e de maior qualidade e crescimento do setor privado – devem apoiar um crescimento mais equilibrado”, assinala a DBRS.
A agência canadiana salienta ainda que independentemente do resultado das eleições legislativas, “espera que Portugal permaneça comprometido com uma gestão orçamental prudente”.
“Os fundamentos de crédito entre os bancos portugueses também foram reforçados, como evidenciado pela constante melhoria na qualidade dos ativos”, acrescenta ainda no relatório, realçando os progressos no setor financeiro.
“Os ratings poderão ter um upgrade se se registarem excedentes primários sustentado e um crescimento económico estável” que permita reduzir o rácio da dívida pública, em linha com as atuais expectativas da agência. Por outro lado, alerta que o rating pode ser revisto em baixa se existir “uma deterioração material na atual trajectória orçamental ou da dívida ou se se registar um enfraquecimento significativo das perspectivas de crescimento”.
A DBRS salienta que “o compromisso de Portugal com a consolidação orçamental melhorou substancialmente a posição orçamental de Portugal” e destaca a trajetória de diminuição da dívida pública, com o país a tirar vantagens das condições favoráveis do mercado.
Na última avaliação, em abril, a agência canadiana tinha mantido a notação da dívida soberana portuguesa em ‘BBB’, mas subiu a perspetiva de ‘estável’ para ‘positiva’. A agência de rating destacou, na altura, a melhoria do défice desde 2014, alavancado em “fortes receitas fiscais” e “investimento público contido”.
A última agência a avaliar Portugal foi a Standard&Poor’s, a 13 de setembro, tendo mantido a notação financeira do país no segundo grau de investimento, mas subido a perspetiva de ‘estável’ para ‘positiva’. A próxima avaliação de uma das principais agências mundiais chega a 22 de novembro pela Fitch.
[Atualizado às 21h33]
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