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De Sintra a Oeiras: Juiz fez 25 quilómetros para fiscalizar processo eleitoral

Há quatro anos, o juiz que se sabe agora ser padrinho de casamento de Paulo Vistas, recusou impugnar a lista de Isaltino Morais pelo mesmo motivo que agora rejeitou a atual candidatura. Em 2013, Vistas e Morais, agora adversários, faziam parte da mesma lista.
10 Agosto 2017, 19h26

O juiz Nuno Tomás Cardoso, magistrado em Sintra, foi quem se predispôs a trabalhar na fiscalização relativa ao processo eleitoral em Oeiras, o concelho que tem como atual autarca, e recandidato, Paulo Vistas, o seu padrinho de casamento, noticia o Público. Existindo a possibilidade de remeter o caso para outro município, como Sintra, Mafra, Amadora, Cascais e Oeiras, o juiz escolheu, com o argumento da proximidade à sua residência, tomar conta do processo que recusou a candidatura de Isaltino Morais.

Para tratar os processos autárquicos, uma situação que representa trabalho adicional para os juízes, realiza-se uma reunião para discussão do tema e os juízes vão escolhendo os sítios para onde querem ser destacados. Apesar de também se ter apresentado para fiscalizar as eleições em Cascais, e ter estado responsável pelos turnos eleitorais em Mafra e na Amadora, o foco do juiz foi Oeiras. Nuno Tomás Cardoso ainda não prestou declarações acerca do tema.

De acordo com o Público, o Conselho Superior de Magistratura não teve conhecimento de que Paulo Vistas tinha uma relação próxima com o juiz, já que, sabendo-o, poderia ter pedido a outro juiz que tratasse do trabalho e, nesse sentido, abriu um inquérito ao caso.

O juiz Nuno Cardoso está agora no centro das atenções por ter rejeitado a candidatura do ex-autarca Isaltino Morais, uma situação que causou grande polémica pois o argumento utilizado para ‘tirar da corrida’ Isaltino Morais e Sónia Amado Gonçalves, também foi um problema em 2013, altura em que o mesmo juiz desvalorizou a questão. Há quatro anos, o juiz recusou impugnar a lista Isaltino Morais, ‘Oeiras Mais à Frente’ (IOMAF), pelo motivo que acabou por rejeitar a atual. Recorde-se que em 2013, Paulo Vistas fazia parte da mesma lista.

 

 

 

 

 

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