É um novo capítulo na história da crise diplomática no Golfo Pérsico, que continua sem fim à vista. Depois de vários países muçulmanos terem fechado fronteiras e barrado as trocas de mercadorias com o Qatar, a Arábia Saudita voltou a tecer duras críticas às ações do emirado, dizendo que os incentivos efetuados à internacionalização dos locais de peregrinações são “uma declaração de guerra”.
“As tentativas do Qatar de internacionalizar os seus lugares sagrados são agressivas e uma declaração de guerra contra o reino”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir.
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, sheikh Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, acusa a Arábia Saudita de estar constantemente a inventar mentiras para minar as relações no Médio Oriente e nega veementemente as acusações que lhe são imputadas.
“Estamos cansados de responder a informações falsas e histórias inventadas do nada”, disse Sheikh Mohammed bin Abdulrahman al-Thani.
Este domingo, a Arábia Saudita, o Bahrein, os Emirados Árabes Unidos e o Egito assumiram uma maior abertura ao Qatar, ao anunciarem que estariam dispostos a iniciar um diálogo com o emirado, se Doha aceitar lutar contra o terrorismo. O quarteto deu a conhecer uma lista de exigências para reatar relações com o país, como o fecho definitivo do canal de informação multilingue al-Jazeera e de uma base militar turca, assim como um distanciamento do Irão, o grande rival da Arábia Saudita na região.
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