DECO PROteste identifica os PPR mais rentáveis de 2024

A organização de defesa de consumidores, DECO PROteste, identificou quais foram os Plano Poupança Reforma (PPR) mais rentáveis de 2024.

“O ano de 2024 foi muito favorável para os PPR, com retornos médios de 6,5%. Os fundos que mais valorizaram foram os mais agressivos, com maior investimento em ações, com ganhos que atingiram os 25%”, disse a DECO PROteste.

A organização referiu que a “recuperação dos mercados financeiros, tanto de ações como de obrigações, impulsionou o desempenho positivo deste tipo de produtos financeiros, oferecendo uma oportunidade valiosa para consolidar e aumentar a poupança de longo prazo destinada à criação de um complemento à pensão de reforma”.

A DECO PROteste acrescentou que os fundos PPR com maior exposição a ações lideraram os ganhos, “com o PPR Save & Grow, da Casa de Investimentos, a registar uma valorização de 24,7%. O Invest Tendências Globais PPR/OICVM, do Banco Invest, seguiu de perto com 22,5% de retorno, à data de 27 de dezembro”.

A organização sublinha a importância de existir uma “escolha criteriosa” do PPR, “considerando o perfil de risco e o horizonte temporal” do investidor.

“Apesar de ainda não terem sido divulgados os rendimentos dos seguros PPR em 2024, alertamos o consumidor para o fraco desempenho destes nos anos precedentes, pois são os que representam a maioria do mercado, mas os menos adequados a uma poupança de longo prazo, por vezes décadas. Além disso, os seguros PPR têm mais comissões e são menos transparentes”, salientou a organização.

Para o analista da DECO PROteste, António Ribeiro, “o tempo é o melhor aliado na poupança para a reforma”.

A DECO PROteste realçou que a sua análise revelou que há uma “tendência positiva” na redução dos custos associados aos fundos PPR, nomeadamente nas comissões de subscrição, “que em muitos casos foram eliminadas”.

A organização revelou ainda que apelou à “eliminação da comissão de transferência nos PPR com capital garantido” por entender que “prejudica os consumidores ao desincentivar a mudança para opções mais rentáveis e minar os rendimentos”.