Os depósitos das famílias cresceram 6,5% em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano anterior. É o quarto mês consecutivo em que se observa uma desaceleração, num período em que a banca tem vindo a cortar os juros que paga por estes produtos de poupança.
No final de fevereiro de 2025, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 192,8 mil milhões de euros, mais 250 milhões de euros do que em janeiro, indica o Banco de Portugal nos dados divulgados esta quinta-feira.
Esta variação, refere, “resultou do aumento de 242 milhões de euros das responsabilidades à vista (constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem) e do aumento de 9 milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso)”.
“Relativamente a fevereiro de 2024, o stock de depósitos de particulares cresceu 6,5% (6,8% em janeiro). Fevereiro foi o quarto mês consecutivo em que se observou uma desaceleração destes depósitos”, indica o banco central liderado por Mário Centeno. O governador voltou a criticar os bancos pela remuneração baixa nos depósitos, numa altura em que a taxa de juro média já está abaixo dos 2%.
Mais crédito para a compra de casa
Enquanto a descida dos juros torna os depósitos menos atrativos, esta redução está a fazer acelerar a procura por crédito, nomeadamente para a compra de casa. Os dados do regulador mostram que o montante total de empréstimos a particulares cresceu 5,2% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
“O stock de empréstimos para habitação aumentou 698 milhões de euros relativamente a janeiro, totalizando 103,5 mil milhões de euros no final de fevereiro. Em comparação com o mês homólogo, o crescimento foi de 4,8%, mantendo a trajetória de aceleração por 14 meses consecutivos”, indica o Banco de Portugal, detalhando que, no final de fevereiro, “havia 1,96 milhões de devedores de crédito à habitação mais 1.800 devedores do que no mês anterior. Este indicador não registava uma subida desde junho de 2022”.
Já o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 132 milhões de euros relativamente a janeiro, para 30,5 mil milhões de euros. O crescimento em relação ao período homólogo foi de 6,8%, igual ao registado no mês de janeiro.
No caso das empresas, o stock de empréstimos concedidos totalizava 72,6 mil milhões de euros no final de fevereiro, mais 132 milhões do que no final de janeiro. O crescimento relativamente ao período homólogo foi de 1,2%.
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