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“Desagravamento fiscal tem de ser feito de forma faseada e gradual”, refere Marques Mendes

O comentador político apontou os problemas, os sinais de esperança e os desafios que o novo Governo vai ter pela frente, destacando o reforço no combate à corrupção e restaurar a confiança na política e nas instituições.
24 Março 2024, 21h56

Problemas, sinais de esperança e desafios. Os três cenários que o próximo Governo vai ter pela frente foram analisados por Luís Marques Mendes, no seu espaço de análise política na “SIC”. Para o comentador, o novo Executivo terá como um dos principais desafios a promoção de uma descida nos impostos.

“O desagravamento fiscal é a grande causa do novo Governo e tem de ser feito de uma forma faseada e gradual”, referiu, destacando também a necessidade de reforçar o crescimento da economia nacional de forma sustentada e promover o estado social, sobretudo em duas áreas: no Serviço Nacional de Saúde e na habitação, “para inverter a degradação que existe”.

Luís Marques Mendes apontou ainda para um novo acordo social centrado na ideia de um aumento da produtividade e melhoria dos salários médios, deixando para último um desafio que considera fulcral: reforçar o combate à corrupção e restaurar a confiança na política e nas instituições. “A perceção pública que está instalada nos portugueses é de que não se combate bem a corrupção”, salientou.

Em relação aos problemas que o novo Governo vai ter, o comentador político apontou baterias para a conjuntura internacional com as duas guerras que podem escalar e ter consequências económicas, bem como o risco das eleições presidenciais em novembro nos Estados Unidos.

“Se Trump ganhar é um problema para a Europa”, realçou, acrescentando ainda o arrefecimento económico na Europa. Já em Portugal o novo Executivo poderá ter de enfrentar um “surto de greves provocadas pela CGTP”. E por fim as novas regras da União Europeia em matéria de redução do défice e da dívida, que estiveram suspensas por causa da pandemia.

Como sinais de esperança Marques Mendes destacou o recuo da inflação que acredita vai ficar este ano na ordem dos 2,4%. Uma redução gradual das taxas de juro que deve começar em junho. Uma melhoria do Produto Interno Bruto e um desemprego baixo, que “é também uma boa almofada”.

“Alguma folga orçamental, acho que não é tão grande como se imagina, sobretudo pelas regras europeias. E o PRR que neste momento está bastante atrasado, mas que tenderá nos próximos meses a caminhar numa velocidade de cruzeiro”, sublinhou.

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