A desconfiança gerada pelos anúncios de tarifas, tomadas de território à força, desrespeito pelas decisões do ramo judicial e inclinação para romper com tratados internacionais da nova administração dos EUA está a minar a dominância do dólar na economia global, acelerando um medo de Washington nos últimos anos, a desdolarização.
A divisa tem vindo a perder valor, mas, pior ainda, aparenta ser cada vez menos um ativo de reserva, o que ameaça a capacidade dos EUA de correrem défices avultados e acumularem dívida como nas últimas décadas.
A moeda norte-americana tem dominado o sistema financeiro internacional desde a II Guerra Mundial, funcionando como ativo de refúgio em alturas de stress e volatilidade acrescida nos mercados, mas os episódios recentes de desvalorização combinada com um disparo nas yields da dívida enquanto os índices bolsistas colapsavam mostram um novo paradigma: os investidores já não confiam nos EUA como destino das suas poupanças. Para um país habituado a financiar o seu sistema empresarial com um mercado de capitais abundante, isto pode significar problemas.
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