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Desde 1984 que hotéis em Portugal não registavam um número tão baixo de turistas estrangeiros

O INE divulgou hoje os dados relativos ao sector turístico em Portugal em 2020. As dormidas de não residentes atingiram o valor mais baixo em 36 anos. Já as dormidas de residentes registaram o nível mais baixo desde 2013.
15 Fevereiro 2021, 11h09

Os hotéis em Portugal receberam menos 61,3% de hóspedes em 2020 face a período homólogo para um total de 10,5 milhões de hóspedes.

Já o número de dormidas caiu 63% para 26 milhões, segundo os dados do INE hoje divulgados.

De acordo com estes dados, foram registadas 13,6 milhões de dormidas de residentes (cidadãos a residir em Portugal), menos 35% face a período homólogo, o “valor mais baixo desde 2013”.

Em termos de dormidas de não residentes (turistas que não residem em Portugal), estas recuaram 75% para 12,3 milhões de dormidas, o “valor mais baixo desde 1984”.

Registaram-se 13,6 milhões de dormidas de residentes (-35,4%; +6,5% em 2019), o valor mais baixo
desde 2013, e apenas 12,3 milhões de dormidas de não residentes (-74,9%; +3,8% em 2019), o valor mais
baixo desde 1984.

O número de dormidas atingiu assim um mínimo desde 1993, ano em que o país registou um total de 23,6 milhões de dormidas.

Em termos de hóspedes, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram uma quebra de 61% no número de hóspedes, 10,5 milhões, e menos 61% de dormidas para um total de 26 milhões.

Em 2020, os proveitos totais do sector do alojamento turístico recuaram 661% para 1.457 milhões de euros. Já os proveitos de aposento recuaram 66% para 1.088 milhões de euros.

“A pandemia Covid-19 teve notoriamente um forte impacto nos resultados anuais”, analisa o INE.

O ano de 2020 até começou por arrancar bem para o sector do turismo em Portugal, até surgir a pandemia em março.

“No conjunto dos dois primeiros meses do ano, as dormidas apresentaram um crescimento de 10,8%, resultados que foram parcialmente influenciados por efeitos de calendário: o Carnaval, que em 2020 ocorreu em fevereiro e no ano “anterior ocorreu em março, e em 2020 fevereiro teve 29 dias mais um que em 2019. No conjunto dos 10 meses seguintes, registou-se uma diminuição de 70,4% nas dormida”. de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.

Na sua análise, o INE destaca que, à exceção de janeiro e fevereiro, a “proporção de estabelecimentos encerrados ou que não registaram movimento de hóspedes foi sempre superior à verificada em 2019”.

Os meses de abril e maio foram os que registaram os maiores níveis de encerramento: 85% e 74% respetivamente. Já agosto e setembro registaram os valores mais baixos: 23% e 26%.

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