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Desemprego causado pela precariedade diminuiu em fevereiro

Cerca de 42% das pessoas que se inscreveram em fevereiro nos centros do IEFP do continente foram atiradas para o desemprego por causa do fim do trabalho não permanente. Peso no total de inscrições mensais diminui face a janeiro e também em comparação com fevereiro de 2022.
23 Março 2023, 13h58

O número de pessoas que perderam o trabalho por terem visto terminar os seus contratos não permanentes caiu entre janeiro e fevereiro. A precariedade continuou a ser o motivo mais frequente de inscrição nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas perdeu, assim, peso no número total de novos inscritos, de acordo com os cálculos do Jornal Económico.

De acordo com os dados disponibilizados esta semana, inscreveram-se ao longo de fevereiro nos centros de emprego do continente cerca de 40 mil indivíduos. Destes, cerca de 17 mil chegaram ao IEFP depois de ter visto o seu trabalho não permanente terminar, sendo esse o motivo mais frequente de inscrição.

Ora, regra geral, mês após mês, é a precariedade que ocupa esse lugar de destaque, pelo que não há novidade nesse ponto, mas, se compararmos o seu peso no universo total de inscrições com o registado em janeiro, concluiu-se que houve um recuo. Em maior detalhe, em fevereiro, 42,47% das inscrições deveram-se ao fim do trabalho permanente, menos 2,12 pontos do que no mês anterior.

Também face ao verificado há um ano o peso da precariedade no novo desemprego diminuiu, mas, neste caso, a variação foi mais modesta: 0,08 pontos percentuais, mostram os cálculos do JE.

Em destaque nas inscrições no IEFP registadas em fevereiro está também o grupo de pessoas que se despediram: 2.832 dos tais 40 mil indivíduos totais chegaram aos centros de emprego por este motivo, o equivalente a 7%.

Há um ano, o peso das pessoas que se tinham despedido nas inscrições totais do IEFP estava em 6,18%, ou seja, houve um aumento de 0,8 pontos percentuais entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023.

De resto, entre as inscrições registadas em fevereiro, quase 14% dizem respeito a despedimentos, sendo que estava percentagem é pouco diferente da verificada no mês anterior e no mês homólogo; E cerca de 10% dos indivíduos que chegaram ao IEFP no segundo mês do ano inscreveram-se poque saíram da inatividade, peso superior em 0,6 pontos percentuais ao mês anterior, mas inferior em 0,32 pontos percentuais a fevereiro de 2022.

O desemprego tem aumentado nos últimos meses, mas os economistas têm explicado que tal pode ser explicado, pelo menos, em parte pela passagem de inativos ao desemprego, isto é, pessoas que estavam sem emprego mas não procuravam trabalho que agora passaram a fazê-lo, sendo consideradas desempregadas.

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