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Desemprego registado no IEFP recua, após seis meses a aumentar (com áudio)

O desemprego registado no IEFP caiu 2% face ao mês anterior. Há seis meses que o número de inscritos nos centros de emprego estava a aumentar, pelo que fevereiro marca, então, uma inversão dessa trajetória.
20 Março 2023, 10h14

Depois de seis meses consecutivos a aumentar, o número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) encolheu, no segundo mês de 2023, mostra a nota divulgada esta segunda-feira. O Ministério do Trabalho realça que este foi o segundo melhor fevereiro de sempre.

“No fim do mês de fevereiro de 2023, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 315.645 indivíduos desempregados”, indica o IEFP esta manhã, detalhando que está em causa um recuo de 8,3% em termos homólogos e de 2% face ao mês anterior.

https://jornaleconomico.pt/noticias/desemprego-sobe-mas-este-janeiro-foi-um-dos-melhores-em-20-anos-1001835

 

De notar que desde o verão o número de inscritos nos centros de desemprego vinha a aumentar, mas o Governo, ainda que tenha garantido que estava atento, desvalorizou a trajetória. Aliás, em declarações ao Jornal Económico, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, já tinha revelado que em fevereiro o desemprego registado no IEFP tinha diminuído, invertendo-se a tendência dos últimos meses.

A nota divulgada esta manhã explica que para esse recuo contribuíram, “com destaque, os grupos dos indivíduos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-26.959), os que procuram novo emprego (-26.320) e os inscritos há 12 meses ou mais (-48 150)”.

Já o Ministério do Trabalho realça que o universo de desempregados registado em fevereiro de 2023 foi o “segundo mais baixo de sempre nos meses de fevereiro” e sublinha que o desemprego jovem registado foi igualmente o segundo valor mais baixo, nesse mês, desde que há registo.

No caso dos jovens, houve  uma diminuição de 4,5% (-1.660 indivíduos) face a fevereiro de 2022 e uma descida em cadeia de 1,5%. Ou seja, em fevereiro havia 34.854 jovens em situação de desemprego e a percentagem do desemprego jovem face à do desemprego total foi de 11%, salienta o gabinete de Ana Mendes Godinho.

Por outro lado, quanto ao desemprego de longa duração, em fevereiro, havia 120.873 pessoas nessa situação, menos 28,5% do que há um ano e menos 2,4% do que no arranque de 2023.

Quanto à distribuição geográfica do desemprego registado, em fevereiro, esse indicador diminuiu em cadeia em todas as regiões, com destaque para o Algarve (9,5%).

Em termos homólogos, as descidas também foram a regra, com o Algarve (10,7%) e Lisboa (10,2%) em realce. Houve, contudo, uma exceção a essa regra: o Alentejo, onde o desemprego subiu em termos homólogos 7,3%.

“Em fevereiro, os subsetores que mais contribuíram para a diminuição do desemprego, face a janeiro, são o alojamento, a restauração e similares (-5,4%) e as atividades financeiras e seguros (-4,8%)”, observa o Ministério do Trabalho.

Por fim, as ofertas de emprego por satisfazer totalizaram 13.397 em fevereiro, menos 22,5% do que no período homólogo, mas mais 8,7% do que há um mês. A propósito, o Eurostat divulgou também esta segunda-feira a taxa de vagas de emprego e adiantou que Portugal estava, neste momento, bem abaixo da média comunitária, no final de 2022.

Entre outubro e dezembro, a taxa de vagas de emprego foi de 3,1% na zona euro, estável face ao trimestre anterior, e de 2,8% na União Europeia, abaixo dos 2,9% dos três meses anteriores. Já em Portugal foi de 1,5%, longe do topo da tabela (Áustria com 4,6%), mas também da sua base (Roménia 0,8%).

A taxa de vagas de emprego refere-se à percentagem de postos de trabalho que estão disponíveis no total da economia, explica o gabinete de estatísticas.

Atualizada às 10h38

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