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Desobediência civil. China enfrenta protestos por medidas anti-Covid

Conta a agência Reuters que os protestos na China estão a intensificar-se e que nunca se viu nada assim desde que Xi Jinping assumiu o poder (há uma década), numa altura em que Pequim enfrenta o pior surto desde o início da pandemia com o encerramento de escolas e muitos trabalhadores em teletrabalho.
27 Novembro 2022, 12h03

As duras medidas de restrição implementadas pelo governo chinês para enfrentar uma nova onda pandémica estão a gerar por estes dias centenas de protestos em várias cidades do país.

Conta a agência Reuters que uma onda de desobediência civil inédita desde que Xi Jinping assumiu o poder (há uma década) tem vindo a fazer-se sentir em cidades como Pequim e Urumqi, numa altura em que a capital chinesa enfrenta o pior surto desde o início da pandemia com o encerramento das escolas e muitos trabalhadores em teletrabalho.

Entre as grandes economias mundiais, a China, que é também mais populoso do mundo, é a única grande economia que ainda tenta conter a propagação do vírus. A estratégia chinesa passa por confinar cidades inteiras e a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo para o novo coronavírus para entrar em espaços públicos.

Os protestos têm vindo a intensificar-se sempre debaixo da alçada das autoridades policiais e com os participantes a levantarem cartazes em branco num protesto contra a censura, conta a Reuters. Noutros vídeos que têm circulado pelas redes sociais, é possível verificar uma postura mais opressiva perante os protestos.

China regista recorde de casos nas últimas 24 horas

A China registou um recorde de casos de covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados oficiais da Comissão Nacional de Saúde, com 39.791 casos detetados, dos quais 36.082 são assintomáticos.

Entre os 3.709 casos sintomáticos, a grande maioria (3.648) foi transmitida localmente dentro das fronteiras do país, com particular incidência em cidades como Cantão, Pequim (747) e Chongqing (194), tendo esta última reportado uma nova morte.

A nível nacional, existem mais de 320.000 pessoas isoladas sob observação médica como portadores assintomáticos do coronavírus.

A China, que tem uma política rigorosa de “tolerância zero” em relação ao novo coronavírus, experimentou ondas de surtos nos últimos meses que levaram a um número recorde de infeções.

O número de doentes ativos com sintomas na China continental situa-se agora em 31.430, 111 dos quais em estado grave.

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