O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) garante aos seus associados “apoio incondicional” se tentarem impugnar os despedimentos coletivos na TAP.
“O SNPVAC, vem assim, manifestar a sua total solidariedade com os tripulantes que foram atingidos com este anunciado despedimento coletivo, reiterando o seu apoio incondicional a todos os que pretenderem recorrer aos meios judiciais para impugnar a decisão da empresa”, segundo um comunicado hoje divulgado pelo sindicato.
A TAP vai avançar com o despedimento coletivo de 124 trabalhadores, anunciou hoje a companhia aérea, processo que deverá estar concluído até ao final deste ano.
O sindicato manifesta o seu “repúdio pela falta de transparência e informação que a empresa imprimiu a este processo, não esclarecendo, nem o sindicato nem os visados, dos verdadeiros critérios de seleção a que recorreu, remetendo para o resultado de inexplicável e injusto de um “algoritmo”. Pelo que, só agora iremos finalmente poder conhecer os fundamentos em que sustenta a necessidade desta cessação de contratos e da escolha dos tripulantes abrangidos”.
Considerando que esta a crise mais grave que a TAP atravessa em 76 anos de vida, o sindicato diz que vai “continuar a pugnar pela salvaguarda dos direitos dos associados integrados neste processo, através da defesa intransigente do cumprimento da lei”.
A TAP disse que o programa de rescisões voluntárias permitiu “que o número de trabalhadores elegível para medidas unilaterais fosse reduzido para 124 trabalhadores, ou seja, ajustado em cerca de 94% face ao número inicial previsto e imposto pelo Plano de Reestruturação” com estes trabalhadores distribuídos pelos principais grupos profissionais da TAP:
– 35 pilotos por comparação com o número inicial de 458;
– 28 tripulantes de cabina por comparação com o número inicial de 747;
– 38 trabalhadores da área de manutenção e engenharia em Portugal por comparação com o número inicial de 450;
– 23 trabalhadores na sede da TAP por comparação com o número inicial de 300.
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