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Deutsche Bank propõe que se crie imposto para colaboradores em teletrabalho

Depois de ter levado a cabo um estudo sobre como reconstruir a sociedade no pós-pandemia, o Deutsche Bank propõe a criação de um imposto de 5% sobre o salário das pessoas que podem trabalhar a partir de casa durante a pandemia. Receita seria revertida para os trabalhadores essenciais que não podem trabalhar de casa.
13 Novembro 2020, 16h25

A pandemia de Covid-19 galvanizou o teletrabalho que se tornou num modo de trabalhar para os trabalhadores cujas funções podem ser desempenhadas a partir de casa. Agora, o Deutsche Bank propõe que se crie um imposto de 5% sobre o salário dos ‘teletrabalhadores’ como ainda defende a sua função de justiça distributiva social.

Depois de ter levado a cabo um estudo sobre como reconstruir a sociedade no pós-pandemia, o Deutsche Bank propõe a criação de um imposto de 5% sobre o salário dos colaboradores que podem trabalhar a partir de casa durante a pandemia.

A receita arrecadada seria depois canalizada para os chamados trabalhadores essenciais que desempenham funções que não são compatíveis com o teletrabalho e que, por isso, exigem que exerçam a profissão num posto de trabalho que não a habitação própria.

Luke Templeman, autor do estudo, argumenta que “aqueles que podem trabalhar a partir de cada recebem benefícios financeiros diretos e indiretos e deveriam pagar impostos para atenuar o processo de transição daqueles que até agora têm sido atingidos” pela Covid-19.

Por outro lado, a criação deste imposto faz sentido porque reconhece que “os trabalhadores essenciais assumiram o risco do coronavírus com os seus salários baixos”, adianta.

O Deutsche Bank estima que este imposto poderia gerar uma receita pública, nos Estados Unidos, de cerca de 48 mil milhões de dólares. Assim, poder-se-ia pagar um apoio de 1.500 dólares aos 29 milhões de trabalhadores norte-americanos que têm de trabalhar no seu posto de trabalho (fora de casa) e que ganham menos de 30 mil dólares por ano.

 

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