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“Devia ter sido transparente e não foi”. Livre diz que não tem confiança institucional em Luís Montenegro

Rui Tavares defende que o primeiro-ministro devia ter dito quais eram os seus potenciais conflitos de interesse, quando ainda era candidato ao cargo. “Não o fez e isso é grave”, afirma.
O cabeça de lista por Lisboa do partido Livre, Rui Tavares, momentos antes da entrega das listas de candidatos a deputados à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa, no Juízo Central Cível de Lisboa, Palácio da Justiça, em Lisboa, 20 de dezembro de 2021. As eleições legislativas realizam-se a 30 de janeiro. ANDRÉ KOSTERS/LUSA
28 Fevereiro 2025, 11h49

Rui Tavares diz que Luís Montenegro deveria ter informado os portugueses sobre quais eram os seus potenciais conflitos de interesse, aquando da sua candidatura a primeiro-ministro. “Nas várias ocasiões em que nos deveria ter dito com toda a transparência quais eram na sua vida profissional e patrimonial os conflitos de interesse com os quais deveríamos ter contado para fazer a avaliação de quem queríamos para primeiro-ministro e para podermos avaliar a sua ação não o fez e isso é grave”, afirmou o porta-voz do Livre no Parlamento.

O deputado relembrou que na última sexta-feira o primeiro-ministro pediu ao Parlamento que tenham confiança no seu critério para decidir quando é que deve pedir escusa de uma determinada decisão num Conselho de Ministros.

“A esse pedido de confiança a resposta do Livre é não, nós não temos confiança institucional no primeiro-ministro para tomar por si estas decisões, porque ele ja as tomou mal no passado, ou seja não podemos ter confiança no critério de quem devia ter sido transparente e não foi”, sublinhou.

A empresa familiar que pertence a Luís Montenegro e a sua família, a Spinumviva recebe uma avença mensal de 4.500 euros, de acordo com a manchete do jornal “Expresso” desta sexta-feira.

De acordo com o semanário, este contrato de consultoria e gestão de proteção de dados está em vigor desde julho de 2021 e é uma das fatias mais importantes das receitas mensais da Spinumviva: cerca de um terço dessas receitas.

Rui Rocha considerou esta sexta-feira que Luís Montenegro tem que de decidir se pretende continuar a ser primeiro-ministro ou se opta por ter uma atividade empresarial. Em declarações no parlamento, o presidente da Iniciativa Liberal (IL), sublinhou que as “duas coisas não são acumuláveis”.

“Chegamos a um momento em que o primeiro-ministro tem que decidir se quer ser primeiro-ministro de Portugal ou ter uma atividade empresarial. Já sabemos percebemos que as duas coisas não são acumuláveis e o primeiro-ministro já devia ter percebido isso”, referiu, acrescentando que se Montenegro quer continuar a ser primeiro-ministro só o poderá fazer mediante três condições.

Já André Ventura pediu a demissão de Luís Montenegro. Através da sua conta oficial na rede social X o líder do Chega acusa o atual primeiro-ministro de ser “o novo José Sócrates” e desafiou Luís Montenegro a pedir a demissão já hoje a Marcelo Rebelo de Sousa ou uma moção de confiança no parlamento.

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