DGS diz às escolas que podem usar sistemas de aquecimento para combater o frio

Várias fotografias de escolas em Portugal têm circulado nas redes sociais a mostrarem alunos envoltos em mantas e cobertores para combater a vaga de frio que se sente.

Apesar de continuar a recomendar o arejamento das salas de aula, a Direção-Geral da Saúde (DGS) aponta que “é permitida a utilização de ventilação mecânica de ar”, como ar condicionado ou sistemas de aquecimento.

Em comunicado, a DGS aponta que enviou às escolas as orientações para o ano letivo 2020/2021 no passado mês de julho, e que nestas mesmas orientações se encontram inseridas as situações de vagas de frio, pelas quais Portugal costuma passar no inverno.

No início da quarta página das orientações da DGS enviadas aos estabelecimentos escolares lê-se “sempre que possível, e que tal não comprometa a segurança das crianças e dos alunos, devem manter-se as janelas e/ou portas abertas, de modo a permitir uma melhor circulação do ar e evitar toques desnecessários em superfícies”.

Embora possível a abertura de portas e janelas, os encarregados de educação de vários agrupamentos têm-se manifestado contra a medida implementada pelas escolas, devido ao frio que se sente e às temperaturas extremamente reduzidas que se sentem, muitas vezes abaixo dos 7 graus Celsius e em várias regiões do Norte com temperaturas negativas.

De forma a garantir a segurança e saúde dos alunos presentes nas escolas, a DGS sustenta, perante “a presente situação meteorológica”, que o “arejamento pode ser realizado de forma natural durante os intervalos, garantindo a ventilação e renovação do ar interior”.

“O risco da utilização de sistemas AVA (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) é considerado muito baixo desde que se cumpra as regras para uma utilização segura, nomeadamente a sua manutenção, de acordo com as indicações do fabricante, e a renovação do ar dos espaços fechados”, lê-se na página da DGS.

Assim, a entidade responsável pela Saúde em Portugal volta a reforçar que é permitida a utilização destes sistemas, uma vez que o risco de uso é muito baixo, “por forma a garantir o conforto térmico” dos alunos e docentes nas escolas.