DHL vê lucro cair 234 milhões de euros no segundo trimestre

O grupo DHL viu o seu lucro cair para 744 milhões de euros, no segundo trimestre, menos 234 milhões de euros face aos 978 milhões de euros, do período homólogo. As receitas passaram de 20,1 mil milhões para os 20,6 mil milhões de euros no segundo trimestre, um crescimento de 2,7%.

Enquanto isso, também o lucro operacional (EBIT) caiu face ao ano anterior, passando de 1,7 mil milhões para 1,35 mil milhões de euros, o equivalente a 20,2%.

“Os desafios do comércio global permanecem, e por isso ainda não se observa uma recuperação generalizada. Contudo, o segundo trimestre mostrou sinais de melhoria para o grupo, com um aumento nos volumes de carga aérea. As previsões para 2024 estão alinhadas com o esperado, estamos convictos de que o nosso negócio é sólido e está pronto para enfrentar os desafios futuros. Isto é o resultado da gestão equilibrada que temos implementado ao longo do tempo”, disse o diretor financeiro da DHL Express Portugal, José Pedro Pinto, citado em comunicado.

O investimento bruto em capital (capex) ficou em 633 milhões de euros no segundo trimestre, uma quebra face aos 708 milhões de euros do período homólogo.

“Dadas as condições económicas globais, o grupo DHL continua a concentrar-se na proteção dos lucros e fluxo de caixa e nos seus investimentos de capital, como omnishoring, e-commerce, sustentabilidade e digitalização”, referiu o grupo, que viu o seu fluxo de caixa passar de 450 para 344 milhões de euros.

Ainda sobre o lucro, que caiu significativamente, o grupo de entregas revelou que o lucro por ação foi de 0,64 euros entre abril e junho, um valor que compara com os 0,82 euros no segundo trimestre de 2023″, disse a empresa.

“A economia global desenvolveu-se de acordo com as expectativas do grupo na primeira metade de 2024: com uma recuperação económica ampla e dinâmica a não se materializar. Na segunda metade do ano, o grupo DHL espera efeitos positivos típicos da temporada”.

“Em conjunto com a gestão contínua de rendimentos e custos, o grupo está convencido de que está bem posicionado para cumprir as suas metas para o ano financeiro de 2024. Globalmente, o grupo confirma a sua previsão para o ano fiscal de 2024 e espera um EBIT entre seis mil milhões de euros e 6,6 mil milhões de euros e um fluxo de caixa livre, excluindo aquisições e desinvestimentos, de cerca de três mil milhões de euros”, apontou o grupo.

Na previsão de médio prazo para 2026, a DHL estima um lucro operacional entre 7,5 mil milhões e 8,5 mil milhões de euros.

No segundo trimestre, o grupo viu aumentar em 1,6% as receitas da divisão Express para 6,2 mil milhões de euros, enquanto que o EBIT desceu de 901 para 683 milhões de euros, o equivalente a 24,2%.

Na área de Global Forwarding as receitas aumentaram 0,8% ao passarem de 4.839 para 4.880 milhões de euros, mas o EBIT desceu de 388 para 279 milhões de euros.

“A receita e o crescimento dos volumes da divisão e-commerce continuam, já que a tendência estrutural compensa a hesitação no consumo. O desenvolvimento do EBIT no segundo trimestre refletiu particularmente os investimentos contínuos para expandir as redes e melhorar a qualidade do serviço”, disse o grupo.

Já a divisão de Post & Parcel Germany viu a unidade de negócios Parcel Germany a crescer 4,6%, no segundo trimestre, face ao ano anterior, enquanto que o negócio do correio postal alemão teve uma quebra de 6,8%.