Os números do primeiro semestre do grupo de retalho alimentar DIA revelam uma melhoria nos resultados negativos e uma quebra nas vendas.
O crescimento de vendas comparáveis Like-for-Like foi negativo no primeiro semestre em -5,0%, o que compara com uma evolução positiva de 8,7% no primeiro semestre de 2020.
As vendas líquidas caíram 9,1% na comparação anual de 3.515,2 milhões para 3.193,7 milhões de euros.
Na operação em Portugal as Vendas Líquidas caíram -4,2% para 296,3 milhões num ano.
“As vendas líquidas foram afetadas por restrições nos horários de abertura de lojas e uma base de lojas 12,1% menor relativamente ao mesmo período de 2020. O semestre foi afetado ainda por uma base comparativa excecional do primeiro semestre de 2020. O EBITDA Ajustado reduziu-se em 30 pontos básicos afetado pela queda do volume de vendas e maiores gastos de manutenção e abastecimento”, explica a cadeia alimentar liderada por Stephan DuCharme.
Em Portugal as vendas comparáveis caíram -5,3%, quando no primeiro semestre de 2020 tinham crescido 9,3%.
Ainda assim os prejuízos do grupo DIA caíram 44,2% de 187,7 milhões para 104,8 milhões num ano.
As melhorias operativas e de contenção de gastos situam a margem EBITDA Ajustado em 1,5% e reduzem em 44% as perdas do semestre.
A comparação de vendas interanual foi afetada pelas compras extraordinárias de abastecimento provocadas pela Covid-19 no segundo trimestre de 2020
DIA dá por concluído o seu processo de capitalização e refinanciamento global
Em termos proforma a Dívida Financeira Líquida pós aumento de capital caiu 934 milhões para 342,6 milhões de euros em junho deste ano. O proforma é o Calculado como Total Dívida Financeira Líquida a 30 de junho de 2021 menos 1.027,8 milhões de euros derivados do aumento de capital.
“Graças ao êxito do aumento de capital e ao refinanciamento da dívida completados nos meses de agosto e setembro, respetivamente, o endividamento líquido foi reduzido em 1.028 milhões de euros, estabelecendo uma estrutura de capital sustentável a longo prazo”, diz o grupo.
No dia 4 de agosto de 2021, a empresa anunciava a subscrição completa do aumento de capital no montante de 1.028 milhões de euros, tendo obtido uma procura de 1,67 vezes das novas ações oferecidas na tranche em dinheiro que ascendia a 259 milhões de euros. Os restantes 769 milhões de euros resultaram da conversão em capital da dívida nas mãos do acionista maioritário Letterone. A admissão a negociação das novas ações foi efetivada no passado dia 13 de agosto de 2021, mantendo-se um free float de 22,3% após o aumento de capital.
No dia 2 de setembro de 2021 “foram satisfeitas com êxito todas as condições suspensivas necessárias para a eficácia e fecho final da operação global de capitalização e refinanciamento anunciadas pela empresa no passado mês de março, o que pressupõe a redução do endividamento financeiro líquido da companhia em cerca de 75% e a extensão dos seus vencimentos de dívida para os anos 2025 e 2026”.
“Esta operação global representa o maior marco financeiro conquistado pela empresa nos últimos dois anos, estabelece uma sólida estrutura de capital de longo prazo e proporciona à empresa liquidez adicional para dar continuidade ao seu profundo processo de transformação”, refere o comunicado do DIA.
O Presidente Executivo da DIA, Stephan DuCharme, considera que “a conclusão do acordo global em redor da estrutura de capital e refinanciamento do Grupo DIA representa um marco estratégico para a empresa e o culminar de um complexo processo de melhoria da sua estrutura de capital que apoiará a aceleração da transformação do negócio e os planos de crescimento do Grupo”.
“Queremos continuar a trabalhar ao lado de todos os parceiros financeiros do Grupo para alcançarmos o nosso objetivo estratégico de fazer do Grupo DIA a escolha preferencial de compra de proximidade e um operador líder na distribuição alimentar nas geografias onde operamos”, acrescenta.
O Grupo DIA esta a implementar de forma sistemática o seu plano estratégico anunciado em maio de 2020 “através de uma série de iniciativas de amplo alcance, tanto comerciais e operacionais, como no âmbito da franquia e da tecnologia nas 4 áreas geográficas”.
“Tudo sob uma liderança de primeiro nível, relações a longo prazo todos os nossos stakeholders, baseadas na confiança e numa cultura focada nos resultados. O plano estratégico põe o cliente no centro de tudo o que fazemos e tem como objetivo resultados sustentáveis a longo prazo para todos os stakeholders”, diz o CEO.
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