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Dia ‘vermelho’ na banca penaliza BCP e bolsa encerra sessão em baixa

O único banco cotado no PSI desvalorizou 4,37%, alinhado com as quedas fortes observadas em cotadas do sector, sobretudo em Espanha.
1 Outubro 2024, 16h55

O índice PSI caiu 0,80% na sessão desta terça-feira, até aos 6.738 pontos, arrastado sobretudo pelas desvalorizações do BCP e da Mota-Engil.

As ações do único banco cotado no índice caíram 4,37% e ficaram-se pelos 0,3877 euros, em linha com o dia negativo que se viveu na banca europeia, sobretudo em Espanha. A Mota-Engil recuou 3,82%, para 2,468 euros, ao passo que os CTT resvalaram 1,71%, até aos 4,32 euros.

Em sentido contrário, a Galp somou 1,22% e os títulos estavam a ser negociados em 17,01 euros, enquanto que a Jerónimo Martins se adiantou 0,62%, para 17,75 euros.

Entre os principais índices europeus foi notório o sentimento negativo, principalmente no caso de Espanha, já que o IBEX 35 perdeu 1,68%. São de salientar as descapitalizações do Santander e Caixabank, que rondaram os 5%, assim como do Unicaja Banco e do Banco de Sabadell, que se aproximaram de 6%.

Seguiram-se descidas de 1,01% em Itália, 0,95% no índice agregado Euro Stoxx 50, 0,81% em França e 0,64% na Alemanha. A exceção foi o Reino Unido ao subir 0,45%.

A sessão acabou por se revelar negativa para as bolsas europeias”, de acordo com a análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“Os conflitos no Médio Oriente estão a marcar a atualidade. Rumores de que os EUA têm indícios de que o Irão está a preparar-se para lançar um ataque com mísseis balísticos contra Israel estão a provocar uma escalada dos preços do petróleo, animando o sector energético, incluindo a portuguesa Galp”, assinala-se.

“Empresas do ramo da Defesa também disparam, a exemplo da Lockheed Martin nos EUA e da Rheinmetall, que liderou o Stoxx 600.  No entanto, para a globalidade dos índices de ações este clima de tensão provoca quedas generalizadas”, de acordo com os analistas.

A Banca foi adicionalmente impactada por um downgrade do Morgan Stanley, justificando a performance negativa do BCP”, pode ler-se.

“No plano macroeconómico a revelação de que a atividade industrial na zona euro viveu um agravamento mais suave que o temido do ritmo de contração em setembro contrastou com a manutenção do ritmo de descida nos EUA, quando era esperado um alívio”, indica-se ainda.

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