“O dinheiro fresco nas empresas faz, de facto, magia”, disse hoje o fundador e sócio da Core Capital. Martim Avillez Figueiredo abordou a questão das empresas familiares e as questões sobre a regeneração destas companhias. O founder e senior partner da Core Capital. falava no painel “Desafios da Reestruturação das Empresas”, na conferência do Jornal Económico intitulada “JE Advisory – Reestruturação de Empresas”.
Destacou que em alguns casos verifica-se que a liderança destas empresas “não têm o nível de educação necessária ao nível de gestão para os desafios que se colocam” e estão somente focadas nas “vendas”, afirmou no pequeno-almoço de debate do JE Advisory, que decorreu hoje em Lisboa.
Deu o exemplo da Jayme da Costa, uma empresa do sector de energia, de Grijó, Vila Nova de Gaia, que passou por um PER e estava numa “situação catastrófica”, com uma faturação de cinco milhões e uma dívida de 20 milhões.
Uma das primeiras decisões foi passar a controlar os orçamentos da empresa e deu um exemplo: uma central de energias renováveis que previa 14 milhões de cash negativo ao longo da sua vida útil, não fazendo boa gestão do fundo de maneio e da tesouraria.
“Não é porque não têm clientes, mas não sabem gerir na maior parte dos casos”, afirmou.
Esta empresa acabou por ser vendida à Visabeira; depois do PER, conta com 55 milhões de euros em faturação e um EBITDA de quatro milhões de euros.
Sobre a indústria do capital de risco, o gestor de capital de risco sinalizou que Portugal é o “país da Europa onde o capital de risco menos pesa, seis vezes abaixo da Grécia”.
“A Europa acredita no capital de risco. O capital privado está cá para que os investimentos resultem, não resultam todos, mas uma grande maioria”, afirmou.
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