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Direção de André Ventura reeleita com 82,7% dos votos dos congressistas

Ao todo houve 65 abstenções e votos nulos, mas ninguém votou contra a nova direção nacional, que mudou três vice-presidentes, com Nuno Afonso a confessar-se “magoado” e “apunhalado” na hora da saída.
  • Mário Cruz/Lusa
30 Maio 2021, 17h13

A lista para a direção nacional do Chega, presidida por André Ventura, que trocou três vice-presidentes em relação aos atuais órgãos do partido, foi aprovada por 82,7% dos votos dos congressistas reunidos na terceira convenção do partido, que se está a realizar em Coimbra. Ao todo foram 312 votos a favor, enquanto 29 optaram pela abstenção e 36 votaram nulo, sem que houvesse nenhum voto contra.

O desfecho da convenção foi muito mais sereno do que na anterior reunião, realizada no ano passado em Évora e na qual Ventura só confirmado à terceira votação e num clima de elevado dramatismo. No entanto, os 65 congressistas que não aprovaram as novas listas mostram que as saídas inesperadas de Nuno Afonso, Diogo Pacheco de Amorim e José Dias terão feito alguma mossa.

Envolvido no Chega desde a fundação, Nuno Afonso foi particularmente crítico das alterações decididas por André Ventura – que juntou aos atuais vice-presidentes Tânger Correia e Mithá Ribeiro o até agora vogal Pedro Frazão e as “novatas” Ana Motta Veiga e Marta Trindade -, confessando-se “apunhalado” e “magoado” com uma exclusão que apontou como difícil de compreender quando se trata do coordenador autárquico do partido e candidato à Câmara de Sintra.

Por seu lado, a lista para o Conselho Nacional, liderada por João Tilly, líder da distrital de Viseu, obteve 311 votos a favor e um empate entre duas listas para o Mesa do Congresso forçou a uma nova votação, o que atrasou o encerramento dos trabalhos.

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