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Diretor clínico da Quadrantes diz ter ficado chocado com afirmações de Rafael Macedo

O médico da Quadrantes diz que a oncologia praticada na Madeira é de qualidade. Guy Vieira acrescenta que já se fazia radioterapia no país, mas não na Madeira, o que obrigava os doentes a ficarem cerca de cinco a seis semanas deslocados.
21 Março 2019, 10h37

O director clínico da unidade de radioncologia da Madeira da Quadrantes, Guy Vieira, que está a ser ouvido no âmbito da comissão de inquérito à unidade de medicina nuclear, diz-se chocado com as afirmações proferidas por Rafael Macedo, coordenador da unidade de medicina nuclear do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), na passada quarta-feira na Assembleia Legislativa da Madeira.

Guy Vieira afirmou ainda que este assunto vai ser tratada na Ordem dos Médicos entre médicos.

“A oncologia praticada na Madeira é de qualidade. Tenho pena que tenham sido proferidas ideias por Rafael Macedo que me chocaram”, disse Guy Vieira, durante a audição que decorre na Assembleia Legislativa da Madeira.

“O cancro já se tratava, já se fazia radioterapia mas não na Madeira”, sublinhou.

“Fazer radioterapia no Continente implicava ficar cinco a seis semanas completamente deslocados”, disse Guy Vieira.

O director clínico da Quadrantes diz que em 2009 chegou à Madeira um tratamento ou complemento de tratamento de cancro chamado radioterapia, que anteriormente não existia na Região.

“Não faz sentido nenhum se trate cancro sem equipa multi-disciplinar. O que fizemos em colaboração com o então director clínico do SESARAM e os directores de serviço, foi criar decisões terapêuticas que não existiam, como a da cabeça e pescoço, da urologia, do digestivo, do grupo do pulmão”, referiu.

“Na decisão terapêutica de um cancro da mama estão presentes o genecologista, o anatomo-patologista, o imagiologista, o oncologista, o radiooncologista, medicina física de reabilitação, psicológica, e nutricionista”, explicou o director clínico da Quadrantes.

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