A dívida pública angolana aumentou 4% nos primeiros três meses de 2025, para 59,10 biliões de kwanzas (aproximadamente 57,86 mil milhões de euros), com os encargos financeiros a representarem a maior fatia da despesa pública.
Os dados são do Relatório de Execução do Orçamento Geral do Estado do 1.º trimestre de 2025, e mostram o ‘stock’ da dívida pública — que engloba dívida governamental e dívida das empresas públicas — a 31 de março de 2025.
O relatório, datado da semana passada, evidencia o peso crescente das operações da dívida pública externa, com encargos financeiros a representarem a maior fatia da despesa pública no trimestre, de 3,24 biliões de kwanzas (aproximadamente 3,17 mil milhões de euros), dos quais 1,87 biliões referem-se à dívida externa (cerca de 1,83 mil milhões de euros), um aumento de 127% comparado com o mesmo período do ano anterior, demonstrando a pressão do serviço da dívida sobre as finanças públicas.
Foram arrecadadas receitas no valor de 6,12 biliões de kwanzas (aproximadamente 5,99 mil milhões de euros) e realizadas despesas no valor de 6,61 biliões de kwanzas (cerca de 6,47 mil milhões de euros), o que significa que o trimestre findou com um resultado orçamental deficitário de 489,36 mil milhões de kwanzas (aproximadamente 479,08 milhões de euros).
Os principais setores sociais tiveram uma execução abaixo da média, apesar de terem a segunda maior fatia do OGE, tendo executado apenas 20% do valor orçamentado.
Entre eles, a educação e saúde não foram além dos 12% e 16% da execução, respetivamente. Do lado oposto, destacou-se o setor da defesa e segurança, que executou 34% da verba atribuída.
O documento revela também uma queda expressiva do volume de produção de diamantes e do preço por quilate (o preço médio passou de 351,65 dólares para 98,70 dólares) em relação ao trimestre anterior, refletindo-se numa descida de 36% nas receitas diamantíferas.
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