A dívida pública portuguesa voltou a crescer em janeiro, subindo 3,6 mil milhões de euros naquele que foi o quarto mês seguido de subidas. O indicador chegou assim a 274,3 mil milhões de euros à boleia, sobretudo, da evolução dos títulos de dívida de longo-prazo.
Os dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta segunda-feira apontam para nova subida do stock de dívida pública, a quarta seguida e até ao valor mais alto desde junho do ano passado, chegando a 274,3 mil milhões de euros. Segundo o banco central, “esta evolução refletiu sobretudo o acréscimo dos títulos de dívida (3,1 mil milhões de euros), maioritariamente de longo prazo, e dos certificados de aforro (0,4 mil milhões de euros)”.
Acrescenta ainda a nota do BdP, os “ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram 13,4 mil milhões de euros”, ou seja, regista-se um aumento de 0,1 mil milhões de euros relativamente ao final de 2024. “Deduzida desses depósitos, a dívida pública subiu 3,5 mil milhões de euros, para 260,9 mil milhões de euros”, lê-se no comunicado.
Olhando para a série histórica da dívida pública em termos absolutos, é comum o indicador subir no primeiro mês do ano, tendência que se costuma prolongar durante o primeiro trimestre.
Este ano regressam ainda as regras orçamentais europeias, ainda que com as alterações aprovadas no ano passado, colocando agora a despesa primária como indicador de referência para a avaliação da robustez das contas nacionais dos Estados-membros. Os dados mais recentes do Eurostat, referentes ao terceiro trimestre do ano passado, mostram que Portugal registou a maior queda em cadeia da dívida pública em função do PIB, de 3,2 pontos percentuais (p.p.), e a segunda maior em termos homólogos, de 8,8 p.p..
[notícia atualizada às 11h29]
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