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Do crédito à habitação aos cartões de crédito. Como aproveitar as taxas de juro baixas?

Cautelas à parte, é altura de deitar mãos à obra e aproveitar a descida das taxas de juro, com algumas estratégias. Damos algumas ideias para aproveitar este momento.
13 Setembro 2019, 10h00

Vivemos anos de taxas de juro muito baixas. Algumas consequências são conhecidas e outros impactos estão ainda por conhecer. Neste cenário, é natural que existam inúmeras dúvidas e receios sobre o que fazer para aproveitar estas taxas de juro tão baixas. Neste artigo, da autoria do Grupo Reorganiza, vamos procurar dar algumas ideias para a sua reflexão.

Antes de mais… muita cautela!

Em qualquer cenário, a queda das taxas de juro tem um impacto direto e imediato na redução das prestações com créditos a taxa variável. Assim, desde os máximos históricos da Euribor, temos assistido a uma queda expressiva das prestações com crédito que, infelizmente, veio acompanhada também da queda da taxa de poupança das famílias. Isto porque se, por um lado, a queda da taxa de juro torna mais apetecível o crédito torna, por outro lado, a poupança menos apetecível.

Cautelas à parte, é altura de deitar mãos à obra e aproveitar a descida das taxas de juro, com algumas estratégias:

·         Renegociar o Crédito Habitação: A queda das taxas de juro e o ambiente concorrencial na banca portuguesa tem tornado possível uma renegociação muito interessante dos contratos de crédito habitação. Os spreads estão a ser reduzidos com muita regularidade, pelo que pode aproveitar para pedir ao seu banco para lhe reduzir o seu spread ou transferir o crédito para outra instituição financeira;

·         Negociar os seus Cartões de Crédito: Provavelmente desconhece, mas a taxa de juro do seu cartão de crédito é a taxa em vigor à data da contratação (se entretanto não existiu nenhuma negociação). Como as taxas de juro têm caído bastante, é provável que esteja a suportar uma taxa muito maior do que as taxas de usura atuais. Logo, fale com o seu gestor de conta para renegociar o cartão de crédito ou faça um novo cartão.

·         Consolidar créditos: A baixa taxa de juro é também refletida nos novos créditos que podemos contratar para liquidar os créditos antigos. A prática de “juntar todos os créditos num só” permite poupanças elevadas no pagamento de juros, mas deve ser usada com cautela de modo a não aumentar o endividamento.

·         Avaliar a possibilidade de fixar taxas de juro: Começam a surgir algumas ofertas muito agressivas para fixar a taxa de juro do seu crédito habitação. Como nem todas as ofertas são interessantes, é recomendável que faça contas. Se é certo que devemos ter taxas negativas durante vários anos, também é certo que muitos destes contratos só permitem fixar taxas por prazos curtos. Logo, é necessário separar o trigo do joio.

 

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