Vivemos anos de taxas de juro muito baixas. Algumas consequências são conhecidas e outros impactos estão ainda por conhecer. Neste cenário, é natural que existam inúmeras dúvidas e receios sobre o que fazer para aproveitar estas taxas de juro tão baixas. Neste artigo, da autoria do Grupo Reorganiza, vamos procurar dar algumas ideias para a sua reflexão.
Antes de mais… muita cautela!
Em qualquer cenário, a queda das taxas de juro tem um impacto direto e imediato na redução das prestações com créditos a taxa variável. Assim, desde os máximos históricos da Euribor, temos assistido a uma queda expressiva das prestações com crédito que, infelizmente, veio acompanhada também da queda da taxa de poupança das famílias. Isto porque se, por um lado, a queda da taxa de juro torna mais apetecível o crédito torna, por outro lado, a poupança menos apetecível.
Cautelas à parte, é altura de deitar mãos à obra e aproveitar a descida das taxas de juro, com algumas estratégias:
· Renegociar o Crédito Habitação: A queda das taxas de juro e o ambiente concorrencial na banca portuguesa tem tornado possível uma renegociação muito interessante dos contratos de crédito habitação. Os spreads estão a ser reduzidos com muita regularidade, pelo que pode aproveitar para pedir ao seu banco para lhe reduzir o seu spread ou transferir o crédito para outra instituição financeira;
· Negociar os seus Cartões de Crédito: Provavelmente desconhece, mas a taxa de juro do seu cartão de crédito é a taxa em vigor à data da contratação (se entretanto não existiu nenhuma negociação). Como as taxas de juro têm caído bastante, é provável que esteja a suportar uma taxa muito maior do que as taxas de usura atuais. Logo, fale com o seu gestor de conta para renegociar o cartão de crédito ou faça um novo cartão.
· Consolidar créditos: A baixa taxa de juro é também refletida nos novos créditos que podemos contratar para liquidar os créditos antigos. A prática de “juntar todos os créditos num só” permite poupanças elevadas no pagamento de juros, mas deve ser usada com cautela de modo a não aumentar o endividamento.
· Avaliar a possibilidade de fixar taxas de juro: Começam a surgir algumas ofertas muito agressivas para fixar a taxa de juro do seu crédito habitação. Como nem todas as ofertas são interessantes, é recomendável que faça contas. Se é certo que devemos ter taxas negativas durante vários anos, também é certo que muitos destes contratos só permitem fixar taxas por prazos curtos. Logo, é necessário separar o trigo do joio.
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