Michael Bloomberg pode ser reconhecido pela agência a que dá o apelido, mas também pela fortuna de 61,8 mil milhões de dólares (56,8 mil milhões de euros) que foi amealhando ao longo da sua carreira. Ainda assim, o seu reconhecimento enquanto cidadão norte-americano e candidato à presidência dos EUA não é dos melhores.
Apesar do nome Bloomberg ser altamente reconhecido, a popularidade de Donald Trump pode minimizar a importância do candidato. Com o país em pleno processo eleitoral, Michael Bloomberg tem um truque que foi divulgado pelos media norte-americanos para chegar à Casa Branca.
Além de ter uma vantagem de 350 milhões de dólares perante os restantes candidatos às eleições, o antigo mayor de Nova Iorque tem, de acordo com os media norte-americanos, a entregar dinheiro a micro-influenciadores para falarem bem dele nas redes sociais.
Ainda nos seus 77 anos de idade (faz 78 no dia 14 de fevereiro), Michael Bloomberg pode ser apelidado como o mago das estratégias. Gastou milhões em anúncios de televisão, na rádio, pontos de venda online e a mais recente aposta no sucesso das redes sociais tem feito com que gaste um pouco menos, dando 150 dólares (137 euros) a cada influenciador digital que fale bem do candidato.
Segundo a publicação, a campanha do multimilionário começou silenciosamente através da plataforma Tribe. Os 150 dólares de Bloomberg atuam com rapidez na plataforma que une oportunidades pagas a influenciadores que aceitem dinheiro, onde estes destacam as razões por simpatizarem com o antigo mayor da cidade que nunca dorme.
Ainda assim, o estratagema de Bloomberg inclui apenas os micro-influenciadores, ou seja, alguém que conte com entre mil e cem mil seguidores nas redes sociais. O objetivo é simples: criar um conteúdo original, onde se diz porque razão “Mike Bloomberg é o candidato elegível que se destaca e que trabalha em todas as frentes para que os norte-americanos se sintam ouvidos e respeitados”, aponta a plataforma. O anúncio esclarece ainda que os influenciadores devem ser “honestos, apaixonados e genuínos”.
A maioria das publicações revistas pelo ‘Daily Beast’ sustentam que os influenciadores digitais estão a apostar no pensamento de que é “preciso haver uma mudança no Governo”, uma vez que Michael Bloomberg mostra ser, publicamente, o oposto de Donald Trump, atual homem no poder.
“Um rapaz da classe média que trabalhou para pagar o colégio” e um “homem de negócios self-made, apoiante dos valores progressivas e consegue levar as coisas até ao fim”, lê-se na descrição pedida aos nativos-digitais. A publicação sublinha ainda o seu trabalho relativamente à violência com armas e ao apoio da economia de energias limpas.
Guerra com Trump mede-se na fortuna
Michael Bloomberg vale 61,8 mil milhões de dólares (56,8 mil milhões de euros) e o valor de Donald Trump é consideravelmente mais baixo, estando fixado em 3,1 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros). Ainda assim, Trump é detentor de algo que Bloomberg ambiciona para o seu futuro: a presidência dos EUA.
Medindo as fortunas dos dois multimilionários, Bloomberg colocou-se na lista da Forbes em 1992, com uma fortuna avaliada em “350 milhões ou mais”, enquanto na mesma data Trump estava a tentar salvar o seu império de uma compra desenfreada para escapar à dívida que quase o colocou na bancarrota.
No entanto, Donald Trump conseguiu superar as dívidas e ingressou na lista em 1996 com uma fortuna avaliada em 450 milhões, sendo que nessa altura Bloomberg já somava mais de mil milhões de dólares ao património pessoal e empresarial.
Com a disputa monetária aberta há 24 anos, Trump conseguiu engordar a conta bancária a uma taxa anual de 8,89%, tendo o maior salto sido dado entre 1996 e 1997, quando a fortuna passou de 450 milhões para 1,4 mil milhões de dólares. Já Bloomberg conseguiu uma taxa anual de 18,8%, segundo dados da Forbes.
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