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Do whisky aos fatos de homem. Marcas de luxo europeias podem render mil milhões de dólares a Trump

A empresa LVMH, mais conhecida pela Louis Vuitton, está particularmente vulnerável aos impostos norte-americanos propostos por Trump, uma vez que detém dois produtos de luxo: bebidas e artigos de roupa.
Christopher Aluka Berry / Reuters
16 Setembro 2019, 17h57

Marcas de luxo europeias estão na mira das novas taxas que Donald Trump pretende aplicar, avança a ‘Bloomberg’. Assim, estas tarifas podem vir a afetar os produtos que chegam aos Estados Unidos, como whisky, vinhos, champanhe, malas de mão e fatos de homem, no valor de mil milhões de dólares.

Um painel da Organização Mundial do Comércio afirmou na passada sexta-feira, que os EUA podem impor tarifas legais a diversas exportações europeias. Esta decisão surge como retaliação da ajuda ilegal dos governos europeus à Airbus SE.

Várias fontes da União Europeia garantem estar à espera que a Organização Mundial do Comércio divulgue ao público o relatório até ao fim do mês. Com o relatório público, os EUA podem impor novos impostos em diversas mercadorias europeias entre cinco mil milhões de dólares a sete mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros a 6,3 mil milhões de euros) anuais, sendo que o presidente norte-americano ameaçou com tarifas de 11 mil milhões de dólares (10 mil milhões de euros).

Espera-se que a resposta de Washington chegue após a luz verde para a retaliação das tarifas, por parte da organização. Os EUA já estudaram produtos a que devem aplicar tarifas, sendo que a lista total de exportações equivale a 25 mil milhões de dólares (22,6 mil milhões de euros) por ano. Sabe-se que na lista constam as exportações mais valiosas para os EUA, como aeronaves, além de produtos de luxos provenientes de marcas europeias.

A empresa LVMH, mais conhecida pela Louis Vuitton, está particularmente vulnerável aos impostos norte-americanos propostos por Trump, uma vez que detém dois produtos de luxo: bebidas e artigos de roupa. O mercado norte-americano está entre os principais destinos de empresas europeias, como a LVMH, sendo responsável por um quarto das vendas globais da empresa de Bernard Arnault. No ano passado, os norte-americanos gastaram 11,2 mil milhões de euros em mercadoria da LVMH.

O diretor financeiro da LVMH, Jean-Jacques Guiony, afirmou que a empresa é “sensível a tarifas e barreiras comerciais”. As novas tarifas vão aumentar os custos que deverão ser passados para os consumidores norte-americanos, afirmou o diretor financeiro da Remy Cointreau, que produz conhaque.

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