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Dois projetos portugueses entre os escolhidos para 720 milhões de novo banco do hidrogénio da UE

A informação foi hoje divulgada pelo executivo comunitário em comunicado, com a instituição a dar conta de que “atribui hoje quase 720 milhões de euros a sete projetos de hidrogénio renovável selecionados no primeiro concurso lançado pelo Banco Europeu de Hidrogénio”, que “produzirão hidrogénio renovável na Europa”, que é usado por setores como o do aço, produtos químicos, navegação e fertilizantes.
hidrogénio
30 Abril 2024, 14h41

Dois projetos portugueses entre sete foram selecionados pela Comissão Europeia no primeiro concurso lançado pelo Banco Europeu de Hidrogénio, que mobilizará cerca de 720 milhões de euros para produção de hidrogénio renovável na União Europeia (UE).

A informação foi hoje divulgada pelo executivo comunitário em comunicado, com a instituição a dar conta de que “atribui hoje quase 720 milhões de euros a sete projetos de hidrogénio renovável selecionados no primeiro concurso lançado pelo Banco Europeu de Hidrogénio”, que “produzirão hidrogénio renovável na Europa”, que é usado por setores como o do aço, produtos químicos, navegação e fertilizantes.

Entre estes sete projetos vencedores de um leilão que atraiu 132 propostas no total estão, então, duas iniciativas portuguesas, da Galp (Petrogal) e da MadoquaPower2X, estando em causa, respetivamente, 216 quilotoneladas e 511 quilotoneladas de hidrogénio ‘verde’ para um período de 10 anos.

O projeto da Galp (Green2Green II) tem uma capacidade de 200 megawatts elétricos, poderá evitar a liberação de 1.477 quilotoneladas de dióxido de carbono (CO2) em 10 anos e tem um preço de 0,39 euros por quilograma.

Já o projeto MadoquaPower2X (MP2X) tem uma capacidade de 500 megawatts elétricos, poderá evitar a liberação de 3.494 quilotoneladas de CO2 em 10 anos e tem um preço de 0,48 euros por quilograma.

Bruxelas observa na nota que os sete proponentes vencedores “planeiam produzir simultaneamente 1,58 milhões de toneladas de hidrogénio renovável ao longo de 10 anos, evitando mais de 10 milhões de toneladas de emissões de CO2”.

Estão localizados em quatro países europeus, entre os quais Portugal, Espanha, Noruega e Finlândia, com preços que variam entre os 0,37 e 0,48 euros por quilograma de hidrogénio renovável produzido.

Sem revelar o valor por projeto, a Comissão Europeia adianta que os sete projetos irão receber subvenções que variam entre oito milhões e 245 milhões de euros, tendo de começar a produzir hidrogénio renovável no prazo de cinco anos.

Em novembro passado, a instituição lançou oficialmente o Banco Europeu de Hidrogénio, com um primeiro leilão orçado em 800 milhões de euros.

Definido está que, nesta primeira ronda, os projetos selecionados recebam a subvenção atribuída para além das receitas de mercado que geram com as vendas de hidrogénio, durante um período máximo de 10 anos, mas uma vez assinados os contratos é necessário começar a produzir hidrogénio renovável no prazo de cinco anos.

A ideia é que, com este banco, a Comissão Europeia assegure um financiamento necessário inicial de três mil milhões de euros para cobrir o risco da compra e venda de hidrogénio ‘verde’.

Para a primavera de 2024, está prevista a segunda ronda de leilões do Banco Europeu do Hidrogénio.

A UE estipulou como meta a de produzir 10 milhões de toneladas de hidrogénio ao nível nacional até 2030, no âmbito do plano energético REPowerEU.

A financiar o Banco Europeu do Hidrogénio estão as receitas provenientes do regime de comércio de licenças de emissão da UE entre 2020 e 2030, num orçamento estimado em 40 mil milhões de euros, e o Fundo de Inovação da UE.

Esta iniciativa visa apoiar a produção doméstica de hidrogénio da UE e reduzir as importações de hidrogénio renovável de parceiros internacionais.

O hidrogénio ‘verde’ é proveniente de fontes renováveis, pelo que não emite CO2 e liberta quantidades diminutas de poluentes atmosféricos, e pode ser utilizado como matéria-prima, combustível e vetor de transporte ou armazenamento de energia e aplicado nos setores da indústria, dos transportes, da energia e dos edifícios.

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