O agravamento dos problemas financeiros em diferentes setores da economia portuguesa está a levar dois terços das empresas (66%) a aceitarem prazos de pagamento superiores ao que desejariam. Em causa está o objetivo de manter a carteira de clientes.
A conclusão é de um estudo da Crédito y Caución e Iberinform, no âmbito do qual foram entrevistados cerca de 300 gestores de empresas de diferentes dimensões e setores. De acordo com as respostas, 32% aceitam prolongar os prazos para pagamentos de PMEs, ao passo que 29% o fazem com grandes empresas. São 21% os que prolongam os prazos de pagamentos para trabalhadores independentes.
Simultaneamente, 18% dos inquiridos, quando confrontados com atrasos nos pagamentos por parte da Administração pública viram-se forçados a aceitar o prolongamento de prazos. A Administração Local é a maior visada, por parte de 11% das empresas, ao passo que a Administração Central e a Administração Regional são visadas por 6% cada.
Os negócios B2B registaram um aumento homólogo nos prazos inferiores a 60 dias, para 55% dos casos no outono de 2024 (52% no mesmo período de 2023), ao mesmo tempo que houve um avanço de 2 pontos percentuais nos prazos superiores a 90 dias, até aos 14% (compara com os 12% homólogos). Por outro lado, os prazos entre 61 e 90 dias recuaram para um peso de 31% (após 36% em outono do ano passado).
Os problemas financeiros são os mais mencionados (69%) pelos gestores , seguidos pelo atraso intencional do cliente (51%). Segue-se a complexidade do procedimento (19%) e, com pouca expressão, a informação de fatura incorreta (3%) e a qualidade dos produtos e serviços (2%).
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com