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Dólar forte condiciona cortes de juros no resto do mundo

Tarifas e deportações arriscam mais inflação nos EUA, levando Fed a manter juros mais elevados e fortalecendo o dólar, o que complicará a vida dos banqueiros centrais no resto do mundo.
4 Janeiro 2025, 09h00

Depois do disparo nos juros em 2023, o ano que agora encerrou viu o começo da normalização da política monetária na zona euro e nos EUA, mas as projeções para 2025 diferem: a economia da moeda única está mais pressionada pelo fantasma da estagnação, enquanto a norte-americana arrisca nova onda de inflação.

Como tal, a expectativa de cortes pela Reserva Federal ajustou em baixa, com o mercado dividido entre uma ou duas descidas este ano, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar a trajetória descendente.

O episódio inflacionista deu mais luta do que se previa por um lado, obrigando os responsáveis do BCE e da Fed a falarem repetidamente em taxas “mais altas durante mais tempo” ou impedindo mais descidas pelo Banco de Inglaterra (BoE), mas, por outro, a ‘aterragem suave’ que almejavam ambos os bancos centrais continua a parecer possível, ainda que com a zona euro bastante menos pujante do que os EUA.

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